Denúncias de Racismo e Xenofobia Marcam a Atualidade

O futebolista brasileiro Raphinha, que joga no Barcelona, denunciou publicamente um ato de racismo contra o seu filho de dois anos, Gael, na Disneyland Paris. Através das redes sociais, o jogador partilhou um vídeo onde se vê o seu filho a ser repetidamente ignorado por uma mascote de Tico e Teco, que, no entanto, interagia e abraçava outras crianças brancas. Visivelmente revoltado, Raphinha questionou o tratamento diferenciado, afirmando: “Porque é que todas as outras crianças brancas foram abraçadas e o meu filho não?”.

O atleta expressou a sua indignação com palavras duras, referindo-se ao funcionário como “esquilo nojento” e “vagabundo”.

No momento da publicação das notícias, a Disneyland Paris ainda não tinha emitido qualquer reação oficial ao sucedido.

Paralelamente, em Portugal, um vídeo de um padeiro da região de Aveiro tornou-se viral por incitar ao ódio e à violência contra cidadãos brasileiros.

No vídeo, o homem oferecia 500 euros a quem lhe trouxesse “a cabeça cortada rente de cada zuca legal ou ilegal”.

O autor do vídeo, identificado como apoiante de um partido de extrema-direita radical, foi rapidamente despedido. O caso, que levou à apresentação de uma queixa ao Ministério Público, suscitou um debate sobre os limites da liberdade de expressão e a normalização de discursos xenófobos. Um dos artigos refere dados da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância que apontam para um aumento de 200% nos crimes de ódio em Portugal entre 2019 e 2024.

Estes acontecimentos realçam a persistência do racismo e da xenofobia na sociedade.

As notícias recordam também a posição da atriz portuguesa Rita Pereira que, em 2020, se manifestou sobre a importância de educar as novas gerações contra o racismo, para que a cor da pele deixe de ser um problema. Os casos sublinham a necessidade de uma reflexão coletiva e de uma ação rigorosa por parte das autoridades e das plataformas digitais para combater todas as formas de discriminação.