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Cancro do Pulmão: Novos Rastreios e Desafios no Acesso à Inovação em Portugal

Portugal avança com projetos-piloto para o rastreio do cancro do pulmão nas regiões do Porto e Cascais, enquanto especialistas e doentes enfrentam longas esperas pelo acesso a tratamentos inovadores.
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Em Portugal, o cancro do pulmão é o quarto tumor maligno mais comum, causando 4.490 mortes em 2023, o valor mais elevado em 20 anos.

A elevada mortalidade deve-se frequentemente ao diagnóstico tardio.

Para combater este cenário, estão a ser preparados projetos-piloto de rastreio.

Na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, o projeto arrancará no primeiro trimestre de 2026, visando rastrear até 18.000 pessoas. Em Cascais, uma iniciativa da câmara municipal começará no final de 2025 com uma unidade móvel, esperando abranger 4.500 pessoas por ano. Estes projetos-piloto, que serão avaliados em 2027 antes de uma eventual expansão nacional, destinam-se a uma população de alto risco: fumadores e ex-fumadores (que deixaram de fumar há menos de 10 anos) com idades entre os 55 e os 74 anos. O método utilizado será uma Tomografia Computorizada (TAC) de tórax de baixa dose.

Paralelamente, especialistas alertam para os desafios no acesso a tratamentos inovadores.

Um pneumologista destaca que pode demorar entre um a dois anos para que um novo fármaco aprovado a nível europeu chegue aos doentes em Portugal, um atraso crítico para uma doença de progressão rápida.

Esta situação gera frustração em doentes e profissionais de saúde e cria assimetrias no acesso dentro do próprio SNS. As associações de doentes desempenham um papel crucial na sensibilização e na pressão por mudanças, enquanto se sugerem soluções como a agilização dos Programas de Acesso Precoce e a negociação conjunta de fármacos a nível europeu.

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