Sete Rios no Limite: O Braço de Ferro entre a Rede Expressos e Novos Operadores



A Rede Expressos, empresa que detém a concessão do Terminal Rodoviário de Sete Rios, em Lisboa, reiterou a sua recusa em permitir o acesso de novos operadores, nomeadamente a FlixBus e a BlaBlaCar, às suas instalações. A justificação principal, comunicada pela empresa, é que o terminal atingiu o “limite da sua capacidade operacional e física”, o que inviabiliza a adição de mais serviços sem comprometer a segurança de passageiros e trabalhadores. Para suportar a sua posição, o gerente da Rede Expressos, Martinho Costa, afirmou que não existe espaço adicional para a circulação ou estacionamento seguro de mais veículos, especialmente considerando os 96 novos horários propostos pela Flixbus e os 12 pela BlaBlaCar. A empresa cita um estudo do Instituto Superior Técnico, da autoria de Carlos Oliveira Cruz, que corrobora a tese de que o terminal já atingiu os seus limites operacionais. A Rede Expressos acrescenta que a infraestrutura, concebida como uma “solução provisória” em 2004, está desajustada à procura atual e já não cumpre integralmente as normas da Infraestruturas de Portugal.
Do outro lado do conflito, a FlixBus acusa a Rede Expressos (detida maioritariamente pelo grupo Barraqueiro) de manter um “monopólio” e de promover um “bloqueio ilegal”. A multinacional estima perdas de 12,5 milhões de euros em 2024 devido a este impedimento.
A situação levou a FlixBus a apresentar uma queixa formal à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) em 2023.
Em maio, o regulador determinou o acesso equitativo ao terminal, mas a Rede Expressos recorreu da decisão, afirmando que o seu impedimento é de cariz técnico e de segurança, não comercial.
A Rede Expressos sugere como alternativa a Gare do Oriente, onde, segundo a empresa, a FlixBus utiliza apenas cerca de 30% das suas linhas.
A concessionária acusa ainda os novos operadores de não investirem em infraestruturas próprias e de recorrerem a campanhas mediáticas “que procuram transmitir uma imagem de vitimização”, apontando que a estratégia da FlixBus noutros países tem sido a de dominar o mercado para controlar os preços.
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