Produção Renovável Atinge Mínimo de Dois Anos em Outubro



A produção de energia renovável em Portugal atingiu o seu nível mais baixo em dois anos durante o mês de outubro, cobrindo apenas 50,2% do consumo nacional. De acordo com a REN – Redes Energéticas Nacionais, esta quebra deveu-se a “condições particularmente desfavoráveis”, sendo a contribuição mais baixa desde setembro de 2023.
Os índices de produtibilidade para as fontes renováveis ficaram abaixo da média histórica, com a hidroelétrica a registar 0,64, a eólica 0,82 e a solar 0,93.
Para compensar, a produção não renovável supriu 18% do consumo, enquanto os restantes 32% foram assegurados por energia importada. Apesar da quebra na produção renovável em outubro, os dados agregados dos primeiros dez meses do ano mostram que as renováveis abasteceram 68% do consumo, um valor ligeiramente inferior aos 72% do mesmo período do ano anterior.
A repartição desta produção foi liderada pela energia hidroelétrica (26%), seguida pela eólica (24%), fotovoltaica (13%) e biomassa (5%).
A produção fotovoltaica destacou-se com um crescimento de 28% em relação ao período homólogo.
No acumulado do ano, a produção a gás natural correspondeu a 15% do consumo e as importações a 17%.
O consumo de energia elétrica continuou a apresentar uma tendência de crescimento, com um aumento de 2,5% entre janeiro e outubro face a 2024. O mercado de gás natural também registou um aumento homólogo de 18% em outubro, impulsionado pelo segmento de produção de energia elétrica, que cresceu mais de 100%.
Em contrapartida, o consumo no segmento convencional diminuiu 5,8%.
O aprovisionamento de gás natural foi feito maioritariamente através do terminal de GNL em Sines, sendo que no acumulado do ano, a Nigéria (48%) e os EUA (43%) foram os principais fornecedores.
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