
Repórteres Sem Fronteiras querem levar segurança de jornalistas em Gaza à ONU



A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em conjunto com o movimento de campanhas Avaaz e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), organizou um protesto mundial para denunciar os ataques a jornalistas na Faixa de Gaza. A ação mobilizou mais de 270 meios de comunicação de mais de 70 países, incluindo a Lusa e o Público em Portugal, para expressar a "indignação" perante a "situação catastrófica da informação em Gaza" e os "crimes cometidos contra jornalistas palestinianos por Israel", segundo Louise Alluin Bichet, diretora de projetos da RSF. Na sequência do protesto, a RSF anunciou a intenção de solicitar "uma reunião urgente à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas".
O objetivo é discutir a proteção dos jornalistas no território e a "clara violação da Resolução 2222", que visa proteger os profissionais de comunicação durante conflitos armados.
A organização está em conversações com vários Estados, esperando "mudanças muito concretas", especialmente por parte das nações que apoiam Israel.
O diretor de campanha da Avaaz sublinhou que a iniciativa não é política, descrevendo a situação como "uma guerra brutal contra o jornalismo". Desde 7 de outubro de 2023, mais de 210 jornalistas foram mortos em Gaza, tornando este "o conflito mais letal para repórteres nos tempos modernos", de acordo com dados da RSF. Entre os ataques mais recentes, destaca-se o bombardeamento israelita ao complexo médico al-Nasser a 25 de agosto, um conhecido ponto de encontro de repórteres, que resultou na morte de cinco jornalistas. A RSF assegura que, além das ações de protesto, continua a desenvolver atividades de "defesa, monitorização, investigação" e a apoiar concretamente os jornalistas no terreno.
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