
Ruben Amorim: «Às vezes quero desistir, outras vezes quero estar aqui durante 20 anos»



O início de temporada de Rúben Amorim no comando do Manchester United tem sido marcado por uma intensa pressão, face aos maus resultados e a uma eliminação chocante na Taça da Liga Inglesa. A equipa ainda não conseguiu uma vitória, somando uma derrota com o Arsenal, um empate com o Fulham e, mais recentemente, a eliminação aos pés do Grimsby Town, equipa da quarta divisão, após grandes penalidades.
Este desaire agravou a crise no clube e colocou o futuro do treinador português em destaque.
Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo decisivo contra o Burnley, Rúben Amorim expressou abertamente o seu estado de espírito, admitindo sentir emoções contraditórias.
«Às vezes quero desistir, outras vezes quero estar aqui durante 20 anos», confessou o técnico, revelando a dualidade dos seus sentimentos em relação aos jogadores: «Vou dizer que às vezes odeio os meus jogadores, às vezes adoro os meus jogadores».
Amorim defendeu a sua forma apaixonada e honesta de comunicar, afirmando que, apesar dos conselhos para ser mais calmo, não irá mudar a sua maneira de ser perante a comunicação social, especialmente após derrotas frustrantes.
O treinador explicou que a sua irritação se deveu não apenas ao resultado, mas à forma como a equipa perdeu, faltando atitude em «lutar pela bola, correr».
A gestão do plantel também tem sido um foco de tensão. Amorim confirmou que quer que o jovem Kobbie Mainoo permaneça no clube e lute pelo seu lugar, apesar do desejo do jogador de sair por empréstimo.
Em sentido inverso, Alejandro Garnacho, com quem Amorim teve um conflito, está de saída para o Chelsea por uma verba a rondar os 46 milhões de euros.
Outros jogadores como Antony e Jadon Sancho também poderão deixar o clube.
Apesar da especulação sobre uma possível demissão, com comentadores como Paul Merson a afirmarem que ficariam «chocados» se Amorim continuasse em caso de não vencer o Burnley, a imprensa inglesa avança que a direção do Manchester United deu um «voto de confiança» ao treinador, não planeando despedi-lo no imediato.
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