
A irredutibilidade de Ruben Amorim no Manchester United



O treinador do Manchester United, Ruben Amorim, enfrenta um início de época conturbado, com a equipa a ocupar o 14.º lugar da Premier League com apenas quatro pontos em cinco jogos.
Na antevisão ao importante duelo contra o Chelsea, o técnico português foi confrontado com as críticas sobre a sua insistência no sistema tático de três centrais, que lhe trouxe sucesso no Sporting mas que não tem produzido os mesmos resultados em Inglaterra.
A sua resposta foi categórica, afirmando que se manterá fiel às suas ideias: "Ninguém, nem mesmo o Papa, me fará mudar".
Amorim justificou a sua irredutibilidade como uma questão de responsabilidade e liderança. Na sua visão, ceder à pressão externa e alterar o sistema faria com que os jogadores o vissem de forma diferente, minando a sua autoridade. O treinador defende que a solução passa por uma "evolução" do modelo de jogo e não por uma mudança drástica, expressando confiança de que os resultados vão melhorar. Para ele, os problemas da equipa estão relacionados com questões de "crença, confiança, agressividade" e erros individuais que podem ser evitados, mais do que com o sistema tático em si.
O técnico abordou também o papel do capitão Bruno Fernandes, que tem atuado numa posição mais recuada no meio-campo.
Amorim explicou que o objetivo é que o jogador tenha mais posse de bola para controlar o jogo e equilibrar a equipa. O próprio Bruno Fernandes corroborou a mensagem do treinador, afirmando que a equipa precisa de ser mais "proativa" em vez de "reativa" e demonstrar mais "personalidade" e "coragem" nos momentos difíceis. O futuro de Ruben Amorim em Old Trafford parece estar em jogo.
Segundo a imprensa inglesa, a direção do clube já questiona o seu papel e os próximos três jogos — contra Chelsea, Brentford e Sunderland — serão decisivos para evitar um possível despedimento.
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