A Guerra dos Drones: Do Campo de Batalha Ucraniano à Vigilância Digital e Defesa Europeia



O conflito entre a Rússia e a Ucrânia intensificou-se com uma vaga de ataques recíprocos envolvendo drones, que visam infraestruturas críticas e áreas residenciais.
O Ministério da Defesa russo anunciou ter abatido mais de 80 drones ucranianos em dez regiões e na Crimeia, afirmando que o principal alvo eram as suas infraestruturas energéticas.
O objetivo da Ucrânia seria dificultar o abastecimento do exército russo e reduzir a capacidade de exportação de petróleo do país.
Em contrapartida, as forças russas lançaram centenas de ataques contra 21 localidades ucranianas, incluindo as regiões de Dnipro, Zaporijia e Kherson. Estes bombardeamentos resultaram em, pelo menos, seis mortos e dezenas de feridos, incluindo crianças, além de causarem danos significativos em edifícios residenciais, veículos e infraestruturas críticas. A crescente ameaça dos drones estende-se para além do campo de batalha, levando a uma reconfiguração das estratégias de defesa na Europa.
A Polónia, no âmbito da missão "Sentinela Oriental" da NATO, começou a operar os sistemas anti-drones norte-americanos Merops para proteger o flanco leste da Aliança.
Este sistema, já utilizado na Ucrânia e que será também implementado na Roménia e na Dinamarca, destaca-se pela sua eficiência de custos na deteção e neutralização de drones. A sua implementação surge na sequência de vários incidentes com drones em países europeus, atribuídos pela Comissão Europeia à Rússia, que levaram o bloco a propor a criação de um "muro de drones" para proteger o seu território até 2027.
Paralelamente à dimensão militar, a ameaça dos drones é utilizada pela Rússia como justificação para reforçar o controlo digital sobre os seus cidadãos.
O governo russo planeia suspender as comunicações móveis por 24 horas a todos os cidadãos que regressem do estrangeiro, alegando que a medida visa impedir o uso de cartões SIM em operações com drones.
No entanto, analistas ucranianos consideram esta ação um pretexto para aprofundar a vigilância estatal e o isolamento digital, enquadrando-se numa política mais vasta de "soberania digital" que inclui a promoção de aplicações de mensagens controladas pelo Estado e a repressão de liberdades online.
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