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Troca de acusações entre Rússia e Moldova antes das eleições legislativas

A poucos dias de eleições legislativas cruciais na Moldova, a Rússia e o Ocidente trocam acusações de ingerência, com Moscovo a denunciar um plano de ocupação europeu e Chisinau a acusar o Kremlin de comprar votos.
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O Serviço de Informações Estrangeiras da Rússia acusou a União Europeia e os países da NATO de planearem uma “ocupação efetiva” da Moldova após as eleições legislativas de 28 de setembro.

Num comunicado, Moscovo afirma que unidades militares da NATO estão a ser concentradas na Roménia, junto à fronteira moldava, um cenário que alega ter sido ensaiado em exercícios anteriores.

O objetivo, segundo a Rússia, seria manter a Moldova numa trajetória “russofóbica” e, se necessário, forçar a população a aceitar “uma ditadura apresentada como uma eurodemocracia” a pedido da presidente Maia Sandu.

O Kremlin sugere que esta intervenção poderia ocorrer caso uma eventual “falsificação indecorosa dos resultados eleitorais” levasse os cidadãos a protestar.

Estas alegações surgem em simultâneo com denúncias da presidente moldava, Maia Sandu, que acusa a Rússia de uma interferência massiva no processo eleitoral. Sandu afirmou que o Kremlin está a gastar “centenas de milhões de euros” em operações de compra de votos e campanhas de desinformação para influenciar o resultado de domingo. A chefe de Estado pró-europeia alertou que a independência e soberania do país estão em perigo e que, se as forças pró-Rússia vencerem, “a Europa vai parar na fronteira com a Moldova”. Em resposta a estas ameaças, as autoridades moldavas realizaram mais de 250 buscas em todo o país, que resultaram em 74 detenções de suspeitos ligados a planos de desestabilização financiados pelo Kremlin. A oposição pró-russa, liderada pelo ex-presidente e líder do Partido Socialista, Igor Dodon, rejeitou as acusações de Sandu, classificando-as como “teatro político”. Dodon acusa o governo de usar táticas de intimidação por receio de perder as eleições. O escrutínio é considerado decisivo para o futuro geopolítico da Moldova, podendo confirmar a sua orientação pró-europeia ou reaproximar o país da esfera de influência de Moscovo.

Analistas apontam que, tal como em votações anteriores, o voto da diáspora moldava em países como Itália, Espanha e Portugal poderá ser fundamental para o resultado final.

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