Rússia anuncia conquistas militares na Ucrânia enquanto os Estados Unidos promovem negociações de paz



A Rússia reivindicou este sábado a conquista das localidades de Svitle, na região de Donetsk, e de Visoke, na região de Sumy, um dia após o presidente Vladimir Putin ter anunciado avanços militares em toda a linha da frente na Ucrânia. Segundo o Estado-Maior russo, as suas tropas conquistaram mais de 300 localidades e mais de 6.300 quilómetros quadrados em 2025.
No entanto, peritos independentes, como o Instituto para o Estudo da Guerra, sediado em Washington, estimam que a área conquistada pela Rússia seja inferior a 5.000 quilómetros quadrados, o que corresponde a menos de 1% do território ucraniano. As reivindicações de Moscovo estendem-se ao controlo de 50% de cidades importantes em Donetsk, como Myrnohrad e Kostiantynivka, e de bastiões como Kupiansk e Pokrovsk, alegações que são negadas por Kiev.
Em paralelo com os combates no terreno, a Ucrânia também anunciou contra-ataques.
Kiev reivindicou a responsabilidade por um ataque a um aeródromo militar na Crimeia, que terá atingido dois caças Su-27 e a torre de controlo, bem como por uma operação no mar Cáspio contra um navio de guerra e uma plataforma da empresa russa Lukoil. É importante notar que as informações sobre o curso da guerra divulgadas por ambas as partes não podem ser verificadas de forma independente.
Simultaneamente, os Estados Unidos estão a conduzir uma nova ronda de conversações separadas com representantes ucranianos e russos para discutir um plano do Presidente Donald Trump com vista a terminar o conflito.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou uma proposta dos EUA para uma reunião conjunta em Miami, que, segundo ele, envolve concessões territoriais por parte da Ucrânia em troca de garantias de segurança ocidentais. Vladimir Putin, por sua vez, declarou que a responsabilidade pelo avanço das negociações está do lado de Kiev e dos seus "patrocinadores europeus", acusando a Europa de prejudicar o processo.














