Rússia China e Nicarágua acusam EUA de agressão contra a Venezuela no Conselho de Segurança da ONU



O Conselho de Segurança das Nações Unidas foi palco de duras acusações contra os Estados Unidos durante uma reunião de emergência convocada por Caracas.
A Nicarágua, a Rússia e a China uniram-se na condenação da pressão militar e económica norte-americana sobre a Venezuela, que inclui o reforço da presença militar nas Caraíbas, um bloqueio naval e a apreensão de petroleiros. O embaixador da Nicarágua na ONU, Jaime Hermida, classificou as ações dos EUA como "pirataria moderna", "roubos" e um "bloqueio económico criminoso".
Acusou Washington de conduzir uma "guerra híbrida" com o objetivo de provocar o colapso da nação venezuelana para impor um governo submisso.
Hermida exigiu o fim imediato do destacamento militar norte-americano na região e manifestou "solidariedade inquebrantável" com o governo do Presidente Nicolás Maduro.
Na mesma linha, o embaixador russo, Vasily Nebenzia, afirmou que as ações de Washington "violam todas as normas fundamentais do direito internacional", descrevendo-as como um "ato flagrante de agressão" e uma "atitude de 'cowboy'". O representante chinês, Sun Lei, manifestou a oposição de Pequim "a todos os atos de unilateralismo e intimidação", defendendo o direito dos Estados à soberania e dignidade nacional.
Em resposta, o embaixador dos EUA, Mike Waltz, defendeu que o seu país age em legítima defesa, afirmando: "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger o nosso hemisfério, as nossas fronteiras e o povo americano". Waltz reiterou as acusações contra Nicolás Maduro, a quem chamou de "fugitivo procurado pela justiça americana e chefe da organização terrorista estrangeira Cartel dos Sóis", e lembrou que os EUA oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à sua detenção. Washington acusa o regime de Maduro de usar o petróleo para financiar o "narcoterrorismo".
Como resposta ao que considera "pirataria naval criminosa", a Assembleia Nacional da Venezuela, controlada por apoiantes do governo, aprovou uma lei para garantir a liberdade de comércio e navegação.
Esta medida surge após a apreensão de vários navios com petróleo venezuelano pelos Estados Unidos.























