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Mundo Domingo, Agosto 24

Rússia e Irão dizem que troika não tem competências para sanções

A Rússia e o Irão afirmam que a 'troika' europeia não possui competência para reativar as sanções relacionadas com o programa nuclear iraniano, num momento de elevada tensão diplomática.
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e do Irão, Abbas Araqchi, concordaram, numa conversa telefónica, que a 'troika' europeia — composta por Alemanha, Reino Unido e França — e a União Europeia não estão aptas para reativar as sanções contra Teerão ligadas ao seu programa nuclear. Esta posição surge no contexto do histórico acordo nuclear de 2015, do qual os três países europeus são signatários e que suspendeu as sanções em troca de garantias sobre o caráter pacífico do programa iraniano.

O acordo encontra-se praticamente suspenso desde a saída unilateral dos Estados Unidos em 2018.

A situação agravou-se após a guerra com Israel e ataques norte-americanos a instalações nucleares iranianas, levando os países europeus a alertar para a possibilidade de reativar as sanções caso o Irão não retomasse a sua colaboração.

Teerão, por sua vez, lamenta que Londres, Paris e Berlim tenham endurecido as suas condições negociais e o tenham abandonado.

Segundo a agência de notícias iraniana ISNA, Lavrov e Araqchi sustentam que a recusa dos países europeus em cumprir as suas obrigações e a sua aliança com os EUA nos ataques "os privaram de qualquer desculpa para recorrer" ao mecanismo de restauração de sanções, conhecido como 'snapback'. O ministro iraniano partilhou com o seu homólogo russo os resultados de uma chamada com a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, e os ministros alemão, francês e britânico — Johann Wadephul, Jean-Noël Barrot e David Lammy, respetivamente.

Nessa conversa, Araqchi afirmou que o seu país "nunca abandonou o caminho da diplomacia".

Apesar das divergências, as partes comprometeram-se a realizar um novo esforço diplomático na próxima semana, com uma reunião entre representantes dos Negócios Estrangeiros, para tentar salvar o que resta do acordo.

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