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Reino Unido sanciona Rússia por deportação de crianças

A Rússia reitera as suas condições intransigentes para um acordo de paz, exigindo o reconhecimento internacional das suas anexações territoriais na Ucrânia, enquanto o Reino Unido responde com sanções a responsáveis russos pela deportação forçada de crianças ucranianas.
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O governo russo, através do Presidente Vladimir Putin e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, estabeleceu que um acordo de paz duradouro com a Ucrânia depende do reconhecimento internacional das "novas realidades territoriais".

Estas condições incluem a cedência das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, cuja anexação foi reivindicada em setembro de 2022, bem como da Crimeia, anexada em 2014.

Adicionalmente, a Rússia exige que a Ucrânia renuncie formalmente à sua aspiração de aderir à NATO, considerando a expansão da aliança uma ameaça à sua segurança.

Em contrapartida, a Ucrânia e a maior parte da comunidade internacional não reconhecem a legitimidade destas anexações.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exige a retirada completa do exército russo de todo o território ucraniano, que atualmente ocupa cerca de 20% do país. O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiga, descreveu as declarações russas como "uma nova série de velhos ultimatos", afirmando que demonstram a falta de vontade de Moscovo para negociações sérias e apelou ao reforço das sanções contra a "máquina de guerra russa".

Em resposta às ações da Rússia, o Reino Unido anunciou sanções contra oito indivíduos e três organizações russas.

As sanções visam os responsáveis pela deportação forçada e "reeducação" de crianças ucranianas, uma política que Londres descreve como uma tentativa de "russificação" para erradicar a cultura e identidade ucranianas. Entre os sancionados está a Fundação Akhmat Kadyrov, que administra programas de reeducação e treino militar para jovens ucranianos, e a sua presidente, Aymani Nesievna Kadyrova, mãe do dirigente checheno Ramzan Kadyrov.

Lavrov acusou ainda o governo de Kiev de estar a "exterminar tudo o que está relacionado com a Rússia", incluindo a língua e a cultura.

Segundo a Turquia, que acolheu negociações, a Rússia estaria disposta a congelar o conflito nas atuais linhas da frente no sul, uma posição que poderá ter sido alterada após uma cimeira no Alasca entre Putin e o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump.

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