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Guerra de Drones e Mísseis: A Nova Fase do Conflito entre Rússia e Ucrânia

A intensificação dos ataques com drones e mísseis por parte da Rússia e da Ucrânia marca uma nova fase no conflito, com ambos os lados a procurarem obter vantagens estratégicas através de ofensivas aéreas de longo alcance.
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A Rússia realizou um ataque noturno em grande escala contra a Ucrânia, entre quinta e sexta-feira, lançando cerca de 500 projéteis, incluindo mais de 450 drones e 30 mísseis. A ofensiva resultou na morte de pelo menos uma pessoa, uma criança em Zaporíjia, e deixou mais de 20 feridos, para além de causar danos significativos em Kiev. Em resposta, a Ucrânia tem vindo a intensificar uma nova estratégia que visa fragilizar a Rússia longe da frente de batalha. Desde o verão, e com maior intensidade em 2024, Kiev tem utilizado drones de longo alcance e mísseis de fabrico próprio para atacar refinarias e infraestruturas energéticas em território russo.

Esta tática representa uma viragem na condução da guerra, abrindo uma frente tecnológica e económica.

Os ataques ucranianos já afetaram cerca de 40% da capacidade de refinação russa, provocando uma redução de 5% numa única semana e gerando escassez de combustível em várias regiões. A escassez levou a filas nos postos de abastecimento e a restrições no mercado civil, transportando as consequências da guerra para o quotidiano dos cidadãos russos, desde zonas remotas até à Crimeia.

Este avanço estratégico foi possível graças ao desenvolvimento da indústria de defesa ucraniana, que se tornou um centro de inovação. A Ucrânia substituiu aparelhos improvisados por drones de fabrico nacional capazes de atingir alvos a centenas de quilómetros. Além disso, aperfeiçoou o míssil de cruzeiro Neptune e apresentou o novo míssil FP-5 Flamenco, com um alcance teórico de até 3.000 quilómetros, o que confere a Kiev uma maior autonomia militar.

Apesar destes progressos, a Ucrânia continua a solicitar mísseis Tomahawk aos Estados Unidos, indicando que o seu arsenal ainda enfrenta limitações.

Washington, por sua vez, mantém-se cauteloso, temendo que o uso de armamento americano em solo russo possa escalar o conflito.

A nova abordagem de Kiev demonstra que o poder militar moderno também se mede pela capacidade de inovação e pelo impacto económico longe da linha da frente.

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