menulogo
Notícias Agora
light modedark mode
notifications
Notificações
notifications
Nenhuma notificação por ler
user
Close

Dupla Crise nos Hospitais do SNS: Ruturas de Stock e Falta de Monitorização Aumentam Custos e Riscos para os Doentes

As ruturas de medicamentos nos hospitais públicos portugueses agravaram-se, forçando alterações terapêuticas, ao mesmo tempo que uma falha sistémica na monitorização da eficácia dos fármacos eleva a despesa e impede uma gestão eficiente dos recursos.
News ImageNews ImageNews Image

A falta de medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tornou-se um problema grave e generalizado, com todas as 31 instituições inquiridas pelo Índex Nacional de Acesso ao Medicamento a reportarem ruturas de stock. Mais de metade destes hospitais enfrenta falhas diárias ou semanais, situação que em 61% dos casos é considerada grave.

O impacto nos doentes é direto: em 23% das unidades foi necessário alterar a terapêutica, resultando em adiamentos (17%) e até suspensões de tratamentos.

O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, descreve o cenário como um “alerta para o Governo”, sublinhando a necessidade de identificar os fármacos em falta e as causas do problema.

Paralelamente, o estudo revela uma deficiente monitorização dos resultados dos medicamentos, com 77% dos hospitais a admitirem não avaliar sistematicamente a eficácia das novas terapêuticas.

A maioria (80%) também não gere dados sobre a efetividade e segurança dos fármacos em contexto real, e 84% carecem de um sistema integrado de gestão de dados. Esta lacuna impede a renegociação de preços com a indústria farmacêutica com base nos benefícios clínicos concretos, através de acordos de partilha de risco. A APAH defende a criação de incentivos para que os hospitais realizem esta avaliação. A ausência de monitorização contribui para o aumento da despesa, que cresceu 14,9% nos hospitais entre janeiro e setembro, atingindo 2.381,4 milhões de euros, numa altura em que o Governo planeia um corte de 10% na rubrica de bens e serviços. As principais barreiras no processo de aquisição de medicamentos não são o preço, apontado por apenas 19% dos inquiridos, mas sim a carga administrativa (42%), a ineficiência dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (25%) e a falta de autorizações financeiras (14%).

Artigos

20
Ver mais▼
Explorar A Seguir Resumos Fontes Ouvir
Descarregar a app
Tenha acesso a todas as notícias, fontes e temas seleccionados por si.
Google Play App Store
Phones