Crise nas Fronteiras: Ryanair e Turismo Pressionam Governo por Solução no Aeroporto de Lisboa



A Ryanair apelou diretamente ao ministro das Infraestruturas, Pinto Luz, para que o controlo de fronteiras do Aeroporto de Lisboa seja "devidamente dotado de pessoal". A companhia aérea de baixo custo pretende evitar que se repitam os longos tempos de espera durante o período de férias do Halloween e do outono, especialmente para famílias com crianças pequenas, descrevendo as filas potenciais como "assustadoras". Este apelo surge na sequência de um verão problemático, durante o qual, segundo a Ryanair, o aeroporto de Lisboa foi o pior do país em matéria de atrasos. A transportadora atribui estes problemas à falta de funcionários, que resultou em filas de espera de até duas horas e meia. Jade Kirwan, 'director of Comms' da Ryanair, classificou estas filas como "completamente inaceitáveis", afirmando que, além de causarem transtorno aos passageiros, prejudicam a reputação de Portugal.
A preocupação não é exclusiva da companhia aérea.
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) também se manifestou "muito preocupada" com os atrasos e as longas filas que se têm verificado desde maio.
A CTP já agendou uma reunião com a ministra da Administração Interna para exigir esclarecimentos, apontando falhas no novo sistema europeu de controlo automatizado de fronteiras como uma das causas.
A confederação reitera que estes problemas constantes no Aeroporto Humberto Delgado colocam em causa a imagem do turismo nacional e do país.
Enquanto se debatem os desafios operacionais, a atividade no aeroporto continua a crescer.
A Pegasus Airlines anunciou um aumento da frequência de voos entre Lisboa e Ancara, capital da Turquia, a partir de 25 de novembro.
A companhia, representada em Portugal pela ATR, passará a operar três voos semanais, às terças, quintas e domingos, em vez dos atuais dois, reforçando a conectividade entre os dois países.
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