Pedro Sánchez remodela o governo espanhol após uma derrota eleitoral histórica



O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou a substituição da ministra da Educação e porta-voz do Governo, Pilar Alegría, garantindo que o executivo tem “vontade, energia renovada e pilhas carregadas” para concluir a legislatura iniciada em novembro de 2023.
A remodelação surge num momento de especial fragilidade para o governo e para o Partido Socialista (PSOE), marcado por escândalos e uma pesada derrota eleitoral. Pilar Alegría deixa os seus cargos para ser a candidata socialista nas eleições regionais de Aragão, em fevereiro.
Será substituída como porta-voz do Governo por Elma Saez, atual ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações. A nova ministra da Educação será Milagros Tolón, até agora delegada do Governo na região de Castela La Mancha.
A decisão de Sánchez ocorre um dia depois de o PSOE ter sofrido uma derrota histórica nas eleições antecipadas na Extremadura, uma região considerada um bastião socialista. O Partido Popular (PP) venceu as eleições, os socialistas tiveram o seu pior resultado de sempre na região e a extrema-direita (Vox) duplicou os seus votos.
Estas eleições marcam o início de um novo ciclo eleitoral em Espanha que culminará com as legislativas nacionais em julho de 2027. Esta remodelação pontual acontece também num contexto de crise interna, com dirigentes do PSOE e familiares do primeiro-ministro envolvidos em suspeitas de corrupção e acusações de assédio sexual. O partido Somar, parceiro de coligação, chegou a pedir uma “remodelação radical, de cima a baixo” do executivo, falando em “deterioração maiúscula” e numa “situação muito complicada”. No entanto, Sánchez, que já pediu desculpa publicamente pelos casos, optou por não atender ao pedido do parceiro e realizou apenas a substituição de uma ministra.















