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Sánchez prevê meses e anos para reconstruir áreas afectadas em Espanha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, alertou que a reconstrução das áreas devastadas pelos incêndios recorde levará meses ou até anos, sublinhando a necessidade de um pacto de Estado para enfrentar a emergência climática.
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O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, visitou as Astúrias, uma das regiões afetadas pela onda de incêndios, e afirmou que a recuperação das áreas ardidas será um processo longo, que poderá levar "meses, se não forem anos". O governo espanhol irá declarar, na próxima terça-feira, várias das áreas afetadas como zonas de catástrofe, medida que permitirá iniciar a avaliação dos danos e "abrir a porta" à reconstrução. A situação geral dos incêndios no noroeste e oeste de Espanha tem vindo a melhorar, beneficiando de uma descida das temperaturas e do aumento da humidade após uma onda de calor de 16 dias.

Em Jarilla, na Extremadura, um dos maiores incêndios das últimas semanas foi dado como controlado após dez dias, tendo queimado 17.300 hectares.

Apesar da melhoria, mantêm-se ativos perto de 20 incêndios considerados graves na Galiza, Extremadura e Castela e Leão.

Sánchez agradeceu a ajuda internacional, descrevendo-a como uma demonstração de "solidariedade e compromisso" europeu. Espanha ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil a 11 de agosto, recebendo meios aéreos e humanos de nove países da UE, para além do apoio de Andorra e Portugal através de acordos bilaterais. Este ano, os incêndios em Espanha já consumiram perto de 400 mil hectares, estabelecendo um recorde anual desde que há registos comparáveis (2006), segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Espanha é, até ao momento, o país da União Europeia com a maior área ardida.

Pedro Sánchez ligou a intensidade dos fogos à "emergência climática", defendendo a necessidade de um "pacto de Estado" e anunciando a criação de uma comissão interministerial para redefinir as políticas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

O chefe do governo salientou as temperaturas inéditas acima dos 40 graus registadas nas Astúrias como prova dos efeitos cada vez mais graves do aquecimento global.

No plano político, a gestão dos incêndios motivou uma troca de acusações entre o governo central, socialista, e os governos regionais liderados pelo PP (direita).

Em Espanha, a tutela da proteção civil e do combate aos incêndios é da competência das regiões autónomas. Sánchez comprometeu-se a discutir a coordenação de meios na próxima Conferência de Presidentes, que reúne o chefe do governo nacional e os líderes das 18 regiões autónomas.

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