Expulsões no FC Porto Geram Conflito Interno e Ameaça de Batalha Judicial

A expulsão de três associados do FC Porto, incluindo Sandra Madureira, desencadeou uma crise interna no clube, com a visada a anunciar o recurso aos tribunais civis e o antigo diretor de comunicação a tecer duras críticas à liderança de André Villas-Boas.

Sandra Madureira, mulher do antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, vai recorrer aos tribunais civis para reverter a sua expulsão como sócia do FC Porto.

A decisão foi aprovada na mais recente Assembleia Geral do clube, na sequência do processo judicial ‘Pretoriano’.

Uma fonte próxima de Sandra Madureira alega que o processo de expulsão "atropelou todas as formalidades", justificando assim a intenção de levar o caso para a justiça comum.

Juntamente com Sandra Madureira, foram também expulsos os associados Vítor Catão e Vítor Aleixo.

Esta medida gerou controvérsia e reacendeu as divisões no seio do clube.

Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, criticou publicamente a decisão e a postura do presidente André Villas-Boas. Numa publicação nas redes sociais, Marques acusou o atual presidente de optar por "dividir para reinar em vez de união", considerando que foi desperdiçada uma oportunidade para agregar as diferentes sensibilidades do universo portista. O antigo dirigente classificou a decisão como uma "falta de visão gigantesca", afirmando que Villas-Boas escolheu "continuar a ser o presidente de uns contra os outros".

Apesar da decisão da Assembleia Geral, o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), António Tavares, elogiou a "grande dignidade" com que Sandra Madureira enfrentou a situação e deixou a porta aberta para um eventual regresso no futuro.

Tavares afirmou que "não existem penas perpétuas" e expressou a esperança de que, "quando a poeira assentar", a situação possa ser reavaliada.

Até ao momento, a direção do FC Porto não emitiu qualquer resposta às críticas de Francisco J. Marques.