menulogo
Notícias Agora
user
Política Sexta-feira, Agosto 8

CDS e PSD apoiam Santana

A reconfiguração das alianças no centro-direita português marca o período pré-autárquico, com a formalização de coligações entre o PSD e o CDS-PP em municípios chave, num contexto de redefinição estratégica para os centristas.
News ImageNews ImageNews Image

Na Figueira da Foz, o atual presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, será o candidato da coligação PSD/CDS-PP às eleições autárquicas de 2025. Contrariando o que fora anunciado pelo movimento Figueira a Primeira (FAP), Santana Lopes não se recandidatará por este, mas sim como independente a encabeçar a lista da coligação partidária, que adotará o nome do movimento pelo qual venceu em 2021. A lei impede que movimentos independentes se coliguem com partidos. O antigo primeiro-ministro, que regressa a uma candidatura pelo PSD desde a sua desfiliação em 2018, assegurou ter "carta branca" para formar a sua equipa. Em 2021, foi eleito sem maioria absoluta, com 40,39% dos votos, tendo posteriormente feito um acordo com o único vereador do PSD para garantir a governabilidade.

Em Lisboa, a coligação "Por ti, Lisboa" será formalizada entre PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal (IL), com o atual autarca, Carlos Moedas, a recandidatar-se à presidência da Câmara. Embora as listas oficiais só sejam conhecidas a 18 de agosto, fontes da imprensa indicam uma reconfiguração de poder dentro da aliança. O CDS-PP, que na coligação de 2021 detinha uma posição de destaque, deverá ter a sua representação reduzida na lista de vereadores, passando a ter o mesmo número de lugares que a IL. A mesma tendência verifica-se na liderança das listas para as juntas de freguesia, onde o CDS-PP passará a indicar seis candidatos a presidente, contra os nove anteriores, enquanto a IL assegura a liderança em três freguesias.

Este cenário de alianças ocorre num momento delicado para o CDS-PP. A desfiliação da histórica militante Teresa Caeiro, após quase 30 anos no partido, evidencia uma crise interna. Caeiro justificou a sua saída com a estagnação, falta de identidade e de capacidade de mobilização do partido, que, na sua opinião, "não evoluiu, não inovou". A sua saída é vista como simbólica da dificuldade do CDS-PP em afirmar-se no panorama político, mesmo integrando o Governo, o que poderá contextualizar a sua posição negocial aparentemente diminuída nas coligações autárquicas.

Artigos

8

Política

Ver mais
categoryVer categoria completa
Close