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Défice de Professores em Portugal até 2034

Portugal enfrenta um desafio significativo na educação, com a previsão de um défice de milhares de professores na próxima década. Um estudo recente revela que a oferta de novos docentes é manifestamente insuficiente para cobrir as aposentações previstas.
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Um estudo apresentado em Lisboa revela que Portugal precisará de recrutar 39 mil novos professores até ao ano letivo de 2034/2035 para substituir os docentes que se irão aposentar. Contudo, a capacidade atual do sistema de ensino superior apenas garante a formação de 20 mil diplomados, criando um défice significativo. O “Estudo de Diagnóstico de Necessidades Docentes de 2025 a 2034”, da autoria de Luís Catela Nunes da Nova SBE, estima que, apesar de uma quebra de 5% no número de alunos, a redução no corpo docente será de 37% devido à idade. Dos 122 mil professores atuais, prevê-se que apenas 76 mil permaneçam em funções, o que implica a necessidade de contratar cerca de 3.800 docentes por ano.

As necessidades de contratação não serão uniformes em todo o território. Enquanto se prevê uma redução de alunos nas regiões Norte e Centro, a zona de Lisboa registará um aumento de 1%, tornando a Área Metropolitana de Lisboa a região com maior carência de professores. A diretora da Direção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliação (DGEPA), Margarida Rodrigues, alertou que a oferta formativa é insuficiente.

Atualmente, de cada 100 vagas abertas para formação de professores, resultam apenas cerca de 50 diplomados, pois só 68% das vagas são ocupadas e, destes, apenas 73% concluem o curso. Para mitigar o problema, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) estabeleceu protocolos com onze instituições de ensino superior, que irão criar 9.677 novas vagas até 2029/2030, um aumento de 15%. O Governo irá disponibilizar 27 milhões de euros até 2031 para apoiar estes programas.

Adicionalmente, foi celebrado um contrato com a Universidade Aberta para oferecer um curso gratuito de dois anos, mediante sucesso, a professores com habilitação própria que já lecionam. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, reconheceu que a falta de professores é um problema estrutural que se manterá por décadas, com a saída anual de 4 mil docentes nos próximos 25 anos. Ainda assim, mostrou-se otimista quanto à capacidade de atrair jovens para a carreira, que descreveu como “a mãe de todas as profissões”, sublinhando que a sua desvalorização representa um erro dispendioso para a sociedade.

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