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SCO tem plano de dez anos para promover mundo multipolar, diz Wang Yi

A 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada na cidade chinesa de Tianjin, foi marcada pela promoção de uma nova ordem mundial multipolar, desafiando a hegemonia ocidental liderada pelos Estados Unidos.
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Durante a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), o Presidente chinês, Xi Jinping, propôs uma Iniciativa de Governança Global e apresentou uma estratégia de desenvolvimento até 2035, que visa estabelecer um sistema internacional mais justo e multipolar. Esta visão surge num contexto de crescentes tensões geopolíticas e como uma resposta direta às políticas dos EUA, criticando o que descreveu como "mentalidade de Guerra Fria", "hegemonismo" e "protecionismo".

Os líderes da SCO emitiram uma mensagem unificada contra ações unilaterais, defendendo o multilateralismo centrado na Organização Mundial do Comércio.

Para concretizar esta visão, a China anunciou um conjunto de medidas de apoio aos países membros. Xi Jinping comprometeu-se com mais de dois mil milhões de yuan em ajuda não reembolsável, dez mil milhões de yuan em empréstimos adicionais através do Consórcio Interbancário da SCO e a implementação de 100 projetos de bem-estar. Foi também revelado o plano para acelerar a criação de um banco de desenvolvimento da SCO. No plano da segurança, o bloco anunciou a criação de quatro novos centros focados no combate a ameaças regionais, como o crime organizado transnacional e o tráfico de droga, reforçando a cooperação nesta área.

À margem da cimeira, decorreram importantes encontros bilaterais.

Xi Jinping reuniu-se com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, a quem pediu garantias de segurança para os projetos e cidadãos chineses no Paquistão, alvo de vários atentados. Estes ataques têm sido um obstáculo ao Corredor Económico China-Paquistão, um investimento de 64 mil milhões de dólares.

Apesar das disputas internas que afetam a eficácia do bloco, como as tensões entre a Índia e o Paquistão, a cimeira procurou projetar uma imagem de unidade, simbolizada por gestos como o dos líderes da Rússia e da Índia, Vladimir Putin e Narendra Modi, que caminharam de mãos dadas em direção a Xi Jinping.

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