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“Se Zelensky estiver preparado, que venha a Moscovo”, diz Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, desafiou o seu homólogo ucraniano a reunir-se em Moscovo para negociações de paz, num complexo xadrez diplomático que envolve também os Estados Unidos e que decorre após mais de três anos de guerra.
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A pedido do presidente norte-americano, Donald Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou estar disposto a encontrar-se com Volodymyr Zelensky, mas impôs a condição de que a reunião ocorra em Moscovo.

A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa em Pequim. Apesar da abertura para o diálogo, Putin questionou a legitimidade de Zelensky, cujo mandato presidencial foi prolongado devido à lei marcial em vigor na Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, o que impede a realização de eleições.

Enquanto a diplomacia russa aguarda uma visita de Donald Trump a Moscovo, o presidente ucraniano procura reforçar a sua posição. Zelensky planeia discutir com Trump a imposição de novas sanções contra a Rússia e está a trabalhar com a “Coligação dos Dispostos”, um grupo de cerca de 30 países, para obter garantias de segurança robustas para a Ucrânia. Estas garantias, que seriam implementadas após um acordo de paz ou cessar-fogo, visam um modelo semelhante ao artigo 5.º do tratado da NATO, de defesa mútua.

Os Estados Unidos indicaram que apoiariam os aliados europeus neste esforço, fornecendo uma rede de segurança cujo formato ainda não está definido.

As propostas para um acordo de paz têm fracassado devido a exigências inconciliáveis.

Moscovo, através de Putin e do ministro Sergey Lavrov, exige que a Ucrânia ceda os territórios ocupados, renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, e que as “novas realidades territoriais” sejam reconhecidas internacionalmente.

Kiev considera estas condições inaceitáveis, defendendo um cessar-fogo imediato como ponto de partida para negociações, salvaguardadas por garantias de segurança.

Enquanto as conversações diplomáticas se desenrolam, a Rússia continua a sua ofensiva militar, com ataques aéreos a cidades como Kiev.

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