Web Summit 2025: Lisboa Consolida-se como Capital da Inovação entre a IA e Novas Dinâmicas Geopolíticas



A décima edição da Web Summit em Lisboa, que decorre de 10 a 13 de novembro, afirma-se como a "maior, melhor e mais ambiciosa de sempre", esperando mais de 70.000 participantes, 2.500 startups, 1.000 investidores e mais de 900 oradores. O evento, garantido na capital portuguesa até 2028, solidifica o papel de Portugal como uma plataforma central para a inovação, gerando um impacto económico significativo, reconhecido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como uma "revolução" para a economia nacional.
A inteligência artificial (IA) volta a ser o tema central, dominando os debates sobre o seu controlo, financiamento, regulação e ética.
Questões como a programação baseada em IA ('vibe coding') e o seu impacto no futuro da programação estarão em foco.
Outros temas de relevo incluem as novas exigências energéticas dos centros de dados e as dinâmicas geopolíticas.
Uma das principais novidades é a estreia da "China Summit", uma iniciativa para aproximar as empresas tecnológicas chinesas do Ocidente.
A cimeira contará com a presença de líderes de gigantes como Microsoft, Qualcomm, Meta e Google, além de figuras como a tenista Maria Sharapova e o CEO da Lovable, Anton Osika. O impacto do evento em Lisboa é vasto, desde o impulso no setor hoteleiro, que regista taxas de ocupação próximas dos 100% com preços elevados, até aos desafios logísticos, como a sobrecarga do Aeroporto de Lisboa, que se viu forçado a recusar jatos privados por falta de 'slots'. A Web Summit tem sido também um catalisador para o ecossistema tecnológico português, que viu o número de startups crescer para mais de 4.700. A Universidade de Lisboa, que terá um stand próprio pela primeira vez, destaca-se por estar na origem de quatro dos seis unicórnios nacionais.
O apoio institucional é visível através de programas como o "Road 2 Web Summit", que apoia 115 startups portuguesas.
A participação internacional é robusta, com destaque para a delegação brasileira, que traz mais de 300 startups e promove a primeira missão 100% feminina do evento. A representação governamental portuguesa inclui a presença do Ministro Adjunto, Gonçalo Matias, do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e de outros membros do governo em diversos painéis.
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A 30ª edição da cimeira climática da ONU começou, nesta segunda-feira, na cidade de Belém, Brasil. Representantes de cerca de 170 países estão a participar num contexto em que o negacionismo das alterações climáticas está em alta e cada vez mais países se mostram contra a celebração de acordos a nível internacional.A "Conference of the Parties" (COP) enquadra-se na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, um tratado adoptado em 1992 e em vigor desde 1994. É composta por 197 partes (196 estados e a União Europeia) e é uma das três "Convenções do Rio", resultantes da Cimeira da Terra realizada em 1992 na cidade brasileira. As outras duas são a Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica e a Convenção de Combate à Desertificação.O objectivo final da COP é a "estabilização dos gases com efeito de estufa a um nível que impeça uma interferência antropogénica perigosa no sistema climático". As suas decisões baseiam-se nos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o principal organismo científico internacional para o estudo das alterações climáticas.Hoje, recordamos 145 das mais memoráveis COPs e as suas principais decisões.METAS ESTABELECIDAS NAS PRINCIPAIS CIMEIRAS SOBRE O CLIMACOP 1. Berlim, 1995: Na primeira Conferência do Clima da ONU, os signatários concordaram em reunir-se anualmente paramanter o controlo sobre o aquecimento global e reconheceram a necessidade de reduzir as emissões de gases poluentes.COP 3. Quioto, 1997: Foi aprovado o Protocolo de Quioto com o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos países industrializados. Estabeleceu as bases do futuromercado de direitos de emissões de carbono.COP 13. Bali, 2007: Foi estabelecido um calendário de negociações para um novo acordo internacional que substituísse o Protocolo de Quioto e incluísse todos os países, não apenas os desenvolvidos.COP 15. Copenhaga, 2009: Foi validado o objectivo de manter o aquecimento global abaixo de 2 ºC e os países desenvolvidos comprometeram-se a financiar os países em desenvolvimento a longo prazo.COP16. Cancún, 2010: Foram redigidos os Acordos de Cancún, que formalizaram os compromissos estabelecidos em Copenhaga, e foi criado o Fundo Verde para o Clima, destinado principalmente acções climáticas nos países em desenvolvimento.COP17. Durban, 2011: Todos os países se comprometeram a começar a reduzir as emissões, incluindo os EUA e os países emergentes (Brasil, China, Índia e África do Sul). Foi decidido negociar um acordo global que entraria em vigor em 2020.COP18. Doha, 2012: Foi decidido prorrogar o Protocolo de Quioto até 2020. Países como os Estados Unidos, China, Rússia e Canadá não apoiaram a prorrogação.COP20. Lima, 2014: Pela primeira vez, todos os países concordaram em desenvolver e partilhar o seu compromisso de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.COP21. Paris, 2015: Após 20 anos de negociações, foi aprovado por unanimidade o Acordo de Paris, um tratado que insta os signatários a "manter o aumento da temperatura média global muito abaixo de 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e a prosseguir os esforços para limitar esse aumento de temperatura a 1,5 °C".COP23. Bona, 2017: Foi lançada a Plataforma de Diálogo de Talanoa para promover a participação e o diálogo das comunidades locais na luta contra os efeitos das alterações climáticas. Foi adoptado um Plano de Acção de Género para garantir o papel das mulheres na tomada de decisões relacionadas com as alterações climáticas.COP26. Glasgow, 2021: Uma emenda de última hora introduzida pela China e pela Índia suavizou a linguagem que havia circulado anteriormente num rascunho de texto sobre "a eliminação da energia de carbono não estabilizada e dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis". O acordo também pede prazos mais rigorosos para que os governos actualizem os seus planos de redução de emissões.COP27. Sharm el-Sheikh (Egipto), 2022: Foi encerrada com um acordo inovador para fornecer financiamento por perdas e danos a países vulneráveis afectados por inundações, secas e outras catástrofes climáticas. Os países concordaram com a criação de um fundo e dos mecanismos de financiamento necessários. Além disso, foi criada uma via para alinhar os fluxos financeiros mais amplos com um desenvolvimento com baixas emissões e resiliente às alterações climáticas.COP28. Dubai, 2023: Todos os olhos estavam postos nas propostas para a eliminação dos combustíveis fósseis. No entanto, apesar das grandes ambições e expectativas, a cimeira foi manchada no último momento por importantes desacordos entre as partes, que enfraqueceram o projecto inicial. Como consequência, o texto final mal mencionava o petróleo, o gás natural e o carvão. Entre as principais conclusões, destacam-se o compromisso de triplicar as energias renováveis até 2040 e duplicar a taxa média mundial de melhoria da eficiência energética. Além disso, foi estabelecido um compromisso efectivo para abandonar progressivamente os combustíveis fósseis, a fim de atingir a meta de emissões líquidas zero em 2050, e falou-se pela primeira vez em eliminar progressivamente os subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis que não abordam a pobreza energética nem as transições justas. COP29. Baku (Azerbaijão), 2024: A última cimeira do clima terminou com um sabor amargo. A única conquista destacada pelas organizações ambientais foi a reafirmação do compromisso global de abandonar os combustíveis fósseis, proposto na edição anterior da COP. Algo que, no entanto, contradizia o facto de a cimeira ter sido realizada, pela terceira vez consecutiva, num país fortemente orientado para a exploração de petróleo.

Foi apresentada esta segunda-feira (10 de novembro) a nova geração da Toyota Hilux. O construtor aproveitou, também, para confirmar a chegada de uma versão a hidrogénio no futuro a médio prazo.

O lançamento esteve previsto para domingo passado, mas foi cancelado devido ao mau tempo e a um problema técnico.

O ministro adjunto e da Reforma do Estado garantiu que o Governo fornecerá um ambiente regulatório estável e favorável ao investimento e deseja posicionar Portugal como um hub europeu líder para as gigafábricas de IA.











