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Catástrofe Humanitária em Darfur: Tomada de El-Facher Desencadeia Massacres e Apelos Internacionais

A tomada de El-Facher, a última grande cidade da vasta região sudanesa do Darfur que não estava sob controlo paramilitar, pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) desencadeou uma grave crise humanitária, com relatos de massacres em massa e apelos urgentes do secretário-geral da ONU para o fim da escalada militar.
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A situação no Sudão agravou-se drasticamente após as Forças de Apoio Rápido (RSF), um grupo paramilitar, terem assumido o controlo de El-Facher, a última grande cidade que lhes escapava na região de Darfur, depois de um cerco de 18 meses.

A ofensiva resultou numa catástrofe humanitária, levando o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a manifestar-se "gravemente preocupado" e a apelar ao "fim imediato do cerco e das hostilidades".

Desde a tomada da cidade, multiplicam-se os relatos de violações e massacres. Um dos incidentes mais chocantes foi o assassinato de mais de 460 pacientes e acompanhantes na maternidade saudita de El-Facher, o único hospital que ainda se encontrava parcialmente operacional.

A Organização Mundial da Saúde manifestou-se "consternada" com o ataque.

Fontes do governo pró-Forças Armadas Sudanesas (SAF) afirmam que mais de dois mil civis foram mortos durante a invasão, que teve como alvos mesquitas e voluntários da Cruz Vermelha. A violência provocou a fuga de mais de 36 mil pessoas, que procuram refúgio em localidades como Tawila, já sobrecarregada com mais de 650 mil deslocados. Com a captura de El-Facher, as RSF controlam agora toda a região de Darfur, que corresponde a um terço do país. O acesso à cidade está bloqueado e as comunicações foram cortadas, exceto para as RSF, que controlam a rede Starlink, dificultando a prestação de ajuda humanitária. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou para o "risco crescente de atrocidades motivadas por considerações étnicas", recordando o passado de violência das milícias Janjawid, das quais as RSF são originárias.

O líder das RSF, Mohamed Daglo, reconheceu a ocorrência de uma "catástrofe", mas justificou que "a guerra foi-nos imposta", declarando que a tomada da cidade promoverá a "unidade" do Sudão.

Entretanto, as negociações de paz mediadas pelo grupo 'Quad' (Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita) encontram-se num impasse, atribuído à "obstrução contínua" do líder das SAF, General Abdel Fattah al-Burhan.

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