António José Seguro defende que revisão constitucional não é uma prioridade

O candidato presidencial António José Seguro afirmou que a revisão da Constituição portuguesa não constitui uma prioridade para o país.

Em declarações à margem da iniciativa “Conversas com o Presidente”, organizada pela Fundação AEP, no Porto, o candidato sublinhou que os partidos políticos devem concentrar a sua atenção na resolução dos problemas reais que afetam a vida dos portugueses, como a saúde e a habitação.

Para António José Seguro, o exercício do poder político só se justifica se tiver como objetivo melhorar concretamente a vida das pessoas.

Sustentou que os desafios em áreas fundamentais como a habitação, a saúde, a educação ou a segurança social não necessitam de uma alteração à lei fundamental para serem resolvidos.

A sua prioridade, defende, deve ser a resposta a estas carências sociais.

O candidato especificou alguns dos problemas mais graves que afetam a sociedade portuguesa.

Apontou as dificuldades que uma família de classe média enfrenta para arrendar ou comprar uma casa para um filho, a taxa de desemprego juvenil, que é quase três vezes superior à taxa geral, e a existência de “pobres que trabalham”, cujos salários são insuficientes para os retirar da pobreza.

Segundo Seguro, há muita gente a sofrer e a passar por dificuldades no país.

Finalmente, António José Seguro deixou um aviso, afirmando que se a política se resumir a “conversa” e não apresentar respostas efetivas para os problemas dos cidadãos, o resultado será o afastamento e a desilusão das pessoas em relação ao sistema político.