A Visão de Seguro para Portugal: Foco em Projetos Estratégicos e Distanciamento da Conjuntura Política



Falando à margem de uma homenagem a Mário Soares, o candidato presidencial António José Seguro, apoiado pelo PS, defendeu a necessidade de Portugal ter “governos de projeto e não governos de turno”.
Recusando-se a comentar a atualidade política, nomeadamente as declarações do primeiro-ministro sobre metas salariais ou o recente debate com Catarina Martins, Seguro afirmou que a sua candidatura está “focada nas soluções” para os problemas do país.
A sua visão passa por transitar da “gestão da conjuntura para opções estratégicas” que respondam aos desafios de fundo que Portugal enfrenta. O candidato sublinhou que a sua motivação não é “para ficar tudo na mesma”, mas sim para “ajudar a mudar o nosso país para melhor”.
Entre as urgências que identificou, destacam-se a necessidade de uma economia mais competitiva, o combate ao envelhecimento da população e o fim da “indignidade que é a desigualdade salarial entre homens e mulheres”.
Seguro apontou ainda as dificuldades sentidas por muitos portugueses no acesso a médicos de família, a intervenções cirúrgicas, bem como os obstáculos que os jovens enfrentam para conseguir um emprego digno e aceder à habitação, além do elevado custo de vida. Em vez de comentar a tentativa de Catarina Martins de se associar a figuras históricas do PS como Mário Soares e Jorge Sampaio, o candidato preferiu lançar um convite a “todos os democratas, os progressistas, os humanistas” para se juntarem à sua candidatura. As declarações ocorreram à chegada da sessão evocativa do 101.º aniversário de Mário Soares, em Lisboa.
Seguro justificou a sua presença como uma “justa homenagem” a uma das “figuras mais importantes da vida democrática”, recordando o seu papel fundamental na luta pela liberdade, na consolidação da democracia e na integração de Portugal na União Europeia.
As eleições presidenciais estão agendadas para 18 de janeiro de 2026.
Entre os outros candidatos anunciados estão António Filipe (PCP), André Ventura (Chega), Catarina Martins (BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (Livre) e Luís Marques Mendes (PSD/CDS-PP).











