António José Seguro posiciona-se como o equilíbrio político contra alterações à Constituição



Em Ermesinde, o candidato presidencial António José Seguro alertou para o que considera ser um desequilíbrio no sistema político português, que pode permitir à direita alterar a Constituição. Apoiado pelo PS, Seguro argumentou que as recentes aprovações de leis estruturais, como as da imigração e da nacionalidade, demonstram que existe um campo político com poder para tomar todas as decisões.
Apresentou-se, por isso, como o único candidato capaz de garantir o equilíbrio necessário, prometendo ser um presidente "leal à Constituição" e de "todos os portugueses". Nesse sentido, Seguro apelou ao voto útil de "todos os democratas, a todos os progressistas, a todos os humanistas", para que se unam em torno da sua candidatura e evitem a concentração de poder.
O candidato presidencial reforçou também a importância dos jovens, com quem pretende "fazer uma coligação" para introduzir uma "nova cultura política" em Portugal, focada no planeamento a médio e longo prazo para assegurar um futuro melhor para as novas gerações. Durante um encontro com jovens no Fórum Cultural de Ermesinde, foram levantadas preocupações sobre a pressão laboral, habitação, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e violência doméstica. Seguro lamentou a abordagem segmentada dos problemas no país e classificou a violência doméstica como uma "situação de grande indignidade".
O candidato aproveitou o tema para abordar a desigualdade de género em Portugal, passados 51 anos do 25 de Abril. Mencionou a disparidade salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções e a discriminação em entrevistas de emprego, onde se questiona as mulheres sobre a intenção de engravidar. Para Seguro, esta é uma "discriminação inaceitável", sublinhando que a coesão de um país também se mede pela igualdade entre homens e mulheres.


















