Seis barragens em risco de contaminação por cinzas e uma foi intervencionada

As cinzas dos incêndios recentes colocaram várias barragens do Norte de Portugal em risco de contaminação, levando a empresa Águas do Norte a tomar medidas preventivas urgentes para proteger a qualidade da água.

A empresa Águas do Norte, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), identificou que as cinzas resultantes de incêndios representam um risco de contaminação para várias origens de água no Norte do país. Foram nomeadas cinco barragens como estando em risco: Alvão e Sordo, em Vila Real; Touvedo/São Jorge, em Arcos de Valdevez; Vilar, em Moimenta da Beira/Sernancelhe; e Ferradosa, em Freixo de Espada à Cinta. Destas, a barragem da Ferradosa foi considerada prioritária, o que levou à implementação de medidas de estabilização de emergência para conter a mobilização de cinzas e sedimentos. A intervenção consistiu na aplicação de geotêxtil em quatro linhas de água afluentes à albufeira. Este material é descrito como um tecido permeável, feito de fibras sintéticas como poliéster ou polipropileno, que funciona como um meio de filtração e drenagem. Permite o escoamento da água, mas retém partículas finas como as cinzas, protegendo assim as massas de água. Para além desta intervenção, a Águas do Norte informou que está a reforçar a monitorização da qualidade da água nas origens afetadas.

Segundo a empresa, esta vigilância intensificada permite uma resposta mais célere a potenciais contaminações e assegura a proteção da saúde pública.

A parceria com a APA foi considerada crucial para a definição atempada das medidas no terreno.

As entidades envolvidas reiteraram o seu compromisso com a sustentabilidade dos recursos hídricos e a garantia de um abastecimento público seguro e de qualidade, destacando a importância da cooperação institucional e de soluções de infraestrutura verde para a resiliência ambiental da região.

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