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Divisão Republicana Exposta: Senado Desafia Tarifas de Trump sobre o Brasil

O Senado dos EUA aprovou uma resolução para bloquear as tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, uma votação que, apesar de ter poucas hipóteses de sucesso final, expôs fissuras no apoio republicano à política comercial do Presidente.
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O Senado norte-americano aprovou, com 52 votos a favor e 48 contra, uma resolução para anular as tarifas alfandegárias de 50% aplicadas por Donald Trump às importações do Brasil.

A legislação, proposta pelo senador democrata Tim Kaine, foi concebida como um teste ao apoio dos republicanos à política comercial do presidente, revelando uma crescente resistência dentro do partido.

Apesar da aprovação na câmara alta, a medida parece condenada ao fracasso.

A Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, adotou novas regras que permitem à sua liderança impedir a votação da resolução.

Mesmo que fosse aprovada em ambas as câmaras do Congresso, espera-se que o Presidente Trump a vetasse.

A votação, no entanto, foi significativa por ter unido todos os senadores democratas a cinco republicanos: Susan Collins, Mitch McConnell, Lisa Murkowski, Rand Paul e Thom Tillis, que votaram contra a política do seu próprio presidente.

Trump justificou as tarifas relacionando-as com as políticas do Brasil e com o processo criminal contra o seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em contraste, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, criticou as medidas, afirmando que "todos os americanos que acordam de manhã para tomar uma chávena de café estão a pagar um preço pelas tarifas imprudentes, ridículas e quase infantis de Donald Trump". Segundo dados oficiais, os EUA registaram um excedente comercial de 6,8 mil milhões de dólares com o Brasil no ano anterior.

O senador Kaine declarou que a sua intenção é forçar um debate sobre a "destruição económica das tarifas" e planeia apresentar resoluções semelhantes relativas a tarifas sobre o Canadá e outras nações.

Para tal, invocou uma lei antiga que permite ao Congresso bloquear os poderes de emergência de um presidente.

A administração Trump, através do vice-presidente J.D.

Vance, defendeu que as tarifas são uma ferramenta de negociação para obter melhores acordos para os trabalhadores e agricultores americanos. Paralelamente, o Supremo Tribunal irá analisar um caso que contesta a legalidade da autoridade de Trump para implementar estas tarifas, o que levou alguns republicanos a adiar uma posição definitiva.

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