Portugal regista 52 focos de gripe das aves e impõe medidas de contenção



Portugal soma um total de 52 focos de gripe das aves desde o início do ano, após a mais recente confirmação de um caso no concelho de Vagos, distrito de Aveiro. Segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), o foco foi detetado num periquito-das-praias, uma ave selvagem, e o subtipo do vírus foi identificado como H5N1, o mais comum no país. Este é já o segundo caso de gripe aviária detetado no distrito de Aveiro apenas este mês. Perante o que classifica como um "alto risco de disseminação", a DGAV implementou um conjunto de medidas restritivas em todo o território continental. A principal diretriz é o confinamento obrigatório de todas as aves domésticas, incluindo aves de capoeira e em cativeiro, para evitar o contacto com aves selvagens potencialmente infetadas. Adicionalmente, foi decretada a proibição total da realização de feiras, mercados, exposições e quaisquer concursos que envolvam estas aves.
Foram também estabelecidas zonas de proteção e vigilância em torno dos locais onde os focos foram detetados.
Nestas áreas, as restrições são ainda mais apertadas, sendo proibida a circulação de aves a partir dos estabelecimentos aí localizados. As proibições estendem-se ao repovoamento de espécies cinegéticas e à circulação de produtos derivados, como carne fresca de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de caça, ovos para consumo humano e outros subprodutos animais provenientes de aves detidas nessas zonas. Embora a transmissão do vírus H5N1 para seres humanos seja um evento raro, as autoridades de saúde alertam que, nos casos esporádicos reportados a nível mundial, a infeção pode resultar num quadro clínico grave, justificando a implementação rigorosa das medidas de biossegurança.
















