
Sete casas de primeira habitação e 39 devolutas arderam em Sernancelhe



No concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu, um incêndio resultou na destruição de 46 habitações, das quais sete eram de primeira habitação e 39 estavam devolutas.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, Carlos Santos, entre as sete habitações principais ardidas contam-se pelo menos duas pertencentes a emigrantes.
O autarca defende que as casas de emigrantes devem ser consideradas como primeira habitação para a atribuição de apoios do Estado à reconstrução.
Carlos Santos argumenta que, para muitos emigrantes, esta é a única casa que possuem em Portugal, sendo o seu único refúgio quando regressam ao país.
O presidente admitiu, no entanto, não ter ainda conhecimento detalhado sobre se os apoios estatais abrangem apenas as residências permanentes ou se incluem também as dos emigrantes. Relativamente às 39 casas devolutas que arderam, o autarca sublinhou o perigo que estas representaram para as habitações vizinhas, por se encontrarem em aglomerados urbanos e sem ninguém que as pudesse defender. Carlos Santos indicou que esta questão terá de ser reavaliada no futuro, com a possível criação de medidas reforçadas para incentivar a sua recuperação, um debate que deverá ocorrer após as eleições autárquicas de 12 de outubro. O fogo que atingiu Sernancelhe teve origem na junção de dois incêndios: um que deflagrou a 9 de agosto em Trancoso (Guarda) e outro a 13 de agosto em Sátão (Viseu), tendo-se tornado um só no dia 15. Este incêndio afetou um total de 11 municípios nos distritos de Viseu e da Guarda e foi dado como resolvido às 22h00 do dia 17.
Os incêndios rurais que afetaram Portugal continental em julho e agosto provocaram quatro mortos, vários feridos e a destruição de habitações e explorações agrícolas. Dados provisórios indicam que, até 23 de agosto, arderam cerca de 250 mil hectares no país.
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Um homem foi mordido por uma víbora-cornuda em Marvão e apesar de inicialmente ter sido encaminhado para o Hospital de Portalegre, foi só em Lisboa, dez horas depois, que recebeu antídoto.

Paredes inaugura Sala “Visionarium Play” dedicada à criatividade e inovação
A Câmara Municipal de Paredes inaugurou, na sexta-feira, 5 de setembro, a Sala “Visionarium Play”, um novo espaço na Casa da Juventude dedicado à inovação educativa. O projeto resulta de uma parceria entre o Município, a Associação Visionarium e a Microsoft, e tem como objetivo promover experiências pedagógicas através da plataforma Minecraft Education. A sala visa estimular a criatividade, o pensamento crítico e a colaboração entre os jovens, acolhendo ao longo do ano letivo diversas atividades lúdicas digitais e interativas. A Associação Visionarium irá dinamizar workshops gratuitos e programas adaptados às escolas do concelho, garantindo uma abordagem inclusiva e ajustada às necessidades locais. A iniciativa integra uma estratégia mais ampla de modernização educativa, que inclui também o projeto SAABIA – Sucesso Académico através do Bem-Estar e da Inteligência Artificial, promovido pelo município em parceria com o Visionarium e a Microsoft. O Presidente do Município de Paredes, Alexandre Almeida, destacou que a Casa da Juventude pretende ser um "polo de atração e inovação" e afirmou: “Queremos criar espaços que interessem aos jovens e lhes ofereçam ferramentas úteis para o futuro. A inteligência artificial já é uma realidade, e Paredes quer estar na linha da frente da sua aplicação na educação.” A diretora da Microsoft Educação, Ana Rita Serra, sublinhou a importância de colocar os docentes no centro da inovação: “A tecnologia só tem impacto real nas escolas se os professores estiverem capacitados para a utilizar. Queremos que Paredes seja um município modelo, onde os docentes possam experimentar novas formas de ensino com recurso à inteligência artificial e partilhar práticas inovadoras.” A sessão contou com a presença do presidente da Câmara, Alexandre Almeida, do Vice-Presidente e vereador da Educação e Juventude, Paulo Silva, da diretora da Microsoft Educação, Ana Rita Serra, e do presidente da Associação Visionarium, Nuno Moutinho.

Víbora morde homem em Marvão. Esperou 10 horas pelo antídoto!
Víbora morde homem em Marvão. Esperou 10 horas pelo antídoto! Depois de ser gravemente atacado por uma víbora-cornuda, ligou para o 112 e foi encaminhado para o Hospital de Portalegre e, mais tarde para São José em Lisboa. O caso é descrito como "uma tragicomédia real" nas redes sociais. Passaram dez horas até que lhe fosse administrado o antídoto. O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) recomenda que tal operação não ultrapasse as seis horas. Em Portalegre não havia, no Hospital de São José havia um antídoto, mas não era o mais adequado. Esta situação foi denunciada no Facebook com muitas críticas aos cuidados de saúde em Portugal. A 26 de Agosto, uma terça-feira, por volta das dez e meia da manhã, Fabien foi mordido num dedo por uma víbora. O 112 encaminhou a chamada para o CIAV, serviço do INEM que faz aconselhamento médico especializado em intoxicações. O Centro Anti-Venenos recomendou que o homem colocasse gelo na ferida até à chegada da ambulância. chegasse. Às 11,30h, "já estavam em contacto com a equipa do Hospital de São José quando estava a ser visto, não tinham o antídoto". Em declarações à SIC Notícias, Fátima Rato, responsável pelo CIAV, confirmou que "o Hospital de Portalegre realmente, na altura, não tinha disponível o antídoto” sendo que foi combinado com a equipa médica que iriam entrar em contacto com os hospitais da região "para ver se teriam alguma ampola que pudessem dispensar”. “Muitas vezes a disponibilização de fármacos entre hospitais para utilização imediata acontece e, depois, o hospital faz a aquisição e devolve". afirma a responsável Em Portalegre, deram analgésicos a Fabien até ser reencaminhado para Lisboa, que já estava a par do caso. O homem relatou que foi lá que sucedeu "maior caos". Esperou "mais do que duas horas" pela ambulância para Lisboa. "No Hospital de São José cheguei por volta das 18,00h, aí foi super rápido, fui diretamente para a cirurgia plástica". A seguir foi necessário identificar a víbora responsável pela mordidela: “Mostraram-me imagens para identificá-la e era uma víbora-cornuda.” São José não tinha o antídoto e, portanto, recorreram ao Hospital de Santa Maria, que tinha o mais apropriado. Por volta das oito da noite, foi finalmente administrado. Dores insuportáveis, que duraram três dias, chegando mesmo a "chorar de dor". O dedo chegou mesmo a entrar em processo de necrose. "Temi a amputação, mas os médicos acalmaram-me e disseram que tudo fariam para que tal não acontecesse”: fcou internado no São José e explica que no dia seguinte começou logo a fazer Oxigenoterapia Hiperbárica, tratamento eficaz em casos de necrose, que durou mais de um oito dias. Foram administradas "três doses do antídoto, três doses de plasma e vários antibióticos". O dedo está a evoluir favoravelmente e a recuperar "mesmo bem". A equipa médica decidirá agora quando poderá "avançar para uma pequena cirurgia para tirar o tecido morto e ver como reconstruir o dedo". O Hospital de Portalegre explicou que os casos deste tipo são "pontuais, em particular na região do Parque Natural da Serra de São Mamede". "O antídoto existente está apenas disponível em hospitais centrais", mas a ULSAA (Unidade Saúde Local do Alto Alentejo) está "a desenvolver esforços para poder contar com a disponibilidade deste fármaco". A víbora-cornuda é uma espécie existente por todo o território português, sobretudo em zonas montanhosas. Apesar de, felizmente , a mordidela não ser letal, é imperativo tratá-la o mais rapidamente possível. O conteúdo Víbora morde homem em Marvão. Esperou 10 horas pelo antídoto! aparece primeiro em Linhas de Elvas/Norte Alentejo.