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Crise de Chips Ameaça Indústria Automóvel Europeia Enquanto Investimentos Apontam para a Autossuficiência

A indústria automóvel europeia enfrenta a ameaça iminente de paralisações de produção devido a uma grave escassez de microchips, ao mesmo tempo que a União Europeia acelera os seus planos para reforçar a capacidade produtiva interna e garantir a sua soberania tecnológica.
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A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) lançou um alerta sobre a "iminente interrupção da produção" de veículos na Europa. A causa direta é o bloqueio no fornecimento de microchips essenciais provenientes da empresa chinesa Nexperia.

A situação é crítica, com fabricantes como BMW, Renault, Stellantis, Daimler, Mercedes e Volkswagen a esgotarem rapidamente as suas reservas, prevendo-se paragens nas linhas de montagem em questão de dias.

A crise teve origem numa disputa geopolítica.

O governo dos Países Baixos interveio na filial holandesa da Nexperia, que pertence à chinesa Wingtech, para impedir a transferência de tecnologia para a China. Em retaliação, Pequim restringiu as exportações da Nexperia China, provocando as atuais perturbações no fornecimento que afetam toda a cadeia de produção automóvel.

Embora existam fornecedores alternativos, a ACEA adverte que serão necessários vários meses para desenvolver a capacidade necessária para suprir a falha.

O impacto já é visível em várias empresas.

A Honda foi forçada a suspender a produção numa fábrica no México e a ajustar os níveis nos EUA e Canadá.

Em Portugal, a Bosch de Braga anunciou um regime de 'lay-off' que afetará 2.500 trabalhadores a partir de novembro, devido à escassez de componentes. A situação reflete-se também noutros elos da cadeia de abastecimento, como a Coindu, que avançou com um segundo despedimento coletivo devido à quebra de encomendas.

A Volkswagen Autoeuropa, tal como a Nissan, parece ter fornecimentos garantidos apenas no curto prazo.

Em contraste com a crise imediata, a União Europeia procura soluções a longo prazo para reduzir a sua dependência externa.

Um exemplo claro é o anúncio da GlobalFoundries de um investimento de 1.100 milhões de euros para expandir a sua fábrica de semicondutores em Dresden, na Alemanha. Este projeto, denominado SPRINT, visa aumentar significativamente a capacidade produtiva europeia, com o objetivo de fabricar mais de um milhão de wafers, alinhando-se com a estratégia da UE para alcançar maior autonomia no setor dos chips.

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