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Análise do Setor Leiteiro em Portugal

O setor leiteiro em Portugal vive um período de estabilidade e previsibilidade que tem garantido rentabilidade aos agricultores, apesar do contexto de turbulência global. No entanto, desafios como o défice de produtos lácteos e a incerteza sobre os apoios europeus marcam o futuro da indústria.
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Apesar do cenário de instabilidade internacional, marcado por guerras e inflação, o setor da produção de leite em Portugal atravessa uma fase de estabilidade e previsibilidade, segundo Idalino Leão, presidente da Agros.

Esta conjuntura tem permitido assegurar alguma rentabilidade para os produtores nacionais.

Contudo, o país continua a enfrentar um défice na balança de produtos lácteos. Embora Portugal seja excedentário na produção de leite líquido, regista um aumento nas importações de laticínios, como gorduras e proteínas.

Idalino Leão explica que esta situação não se deve a uma falta de capacidade produtiva, mas sim à concorrência de grandes marcas internacionais que conseguem vender a preços mais baixos no mercado nacional.

A estratégia para inverter esta tendência passa por reforçar a qualidade do leite nacional e apostar na valorização dos seus componentes sólidos, permitindo assim reduzir a dependência externa na fase industrial.

O líder da Agros destacou ainda a modernização tecnológica como uma realidade consolidada nas explorações, referindo que a digitalização, a robotização e a inteligência artificial, através da zootecnia e da agricultura de precisão, são práticas implementadas há vários anos.

No que toca a preocupações futuras, manifestou apreensão com eventuais cortes nos apoios da Política Agrícola Comum (PAC) a partir de 2027, sublinhando a importância destes fundos para o investimento e para a soberania alimentar do país.

Outro risco apontado são as tarifas impostas pelos EUA, que, embora não afetem diretamente as exportações de leite, poderão encarecer a importação de matérias-primas para alimentação animal, como a soja e o milho, aumentando os custos de produção. Estas declarações foram feitas no âmbito da apresentação da 11.ª edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, que decorrerá de 4 a 7 de setembro na Póvoa de Varzim.

O evento visa aproximar agricultores e consumidores, com um programa que inclui seminários, concursos pecuários, gastronomia e atividades familiares.

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