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Paralisação do Governo dos EUA bate recorde ao atingir 36 dias
Impasse Político e Crise Social: A Paralisação Recorde do Governo dos EUA
A paralisação do governo dos Estados Unidos atingiu 36 dias, estabelecendo um novo e preocupante recorde como o 'shutdown' mais longo da história do país, com consequências severas para milhões de cidadãos e para a estabilidade política.
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O 'shutdown' do governo federal dos EUA completou 36 dias, superando o recorde anterior de 35 dias registado em 2019, durante a presidência de Donald Trump.
O impasse no parlamento, sem fim à vista, está a gerar uma crise com graves repercussões sociais e económicas.
Mais de 42 milhões de pessoas foram afetadas pela suspensão da assistência alimentar federal, e o setor da aviação enfrenta perturbações significativas, com atrasos e cancelamentos de voos devido à falta de pagamento aos controladores de tráfego aéreo, que são forçados a trabalhar sem salário.
No centro da crise está um conflito político entre democratas e republicanos.
Os democratas exigem a aprovação de mais subsídios para o programa de seguros de saúde Obamacare.
Em contrapartida, a maioria republicana, que controla ambas as câmaras do Congresso, acusa a oposição de querer beneficiar imigrantes sem documentos, embora não apresente provas.
A situação agravou-se após o Senado ter rejeitado uma proposta republicana para um financiamento temporário do governo.
A troca de acusações é constante: a secretária de imprensa da Presidência, Karoline Leavitt, culpa o "obstrucionismo dos democratas", enquanto o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, atribui a paralisação à "intransigência do Presidente" Donald Trump e à sua recusa em negociar um orçamento justo. A situação atual evoca a paralisação de 2019, quando mais de 800 mil funcionários federais foram suspensos ou obrigados a trabalhar sem remuneração, um cenário que ameaça repetir-se.
As consequências políticas deste 'shutdown' já se fazem sentir.
O próprio Donald Trump atribuiu ao impasse orçamental as recentes vitórias eleitorais dos democratas.
Em Nova Iorque, Zohran Mamdani foi eleito presidente da câmara.
Na Virgínia, um estado com uma grande concentração de funcionários federais, a democrata Abigail Spanberger tornou-se a primeira mulher a governar o estado.
Em Nova Jérsia, a congressista Mikie Sherill foi eleita, numa vitória descrita como um referendo às políticas de Trump.
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