Burlas online e ciberataques intensificam-se durante a época natalícia



Com o aumento das compras de Natal, intensificam-se as ameaças digitais, com um crescimento acentuado de burlas relacionadas com serviços de entregas.
Segundo dados da NordVPN, o número de sites maliciosos que se fazem passar por empresas postais aumentou 86% no último mês.
Entre as marcas mais visadas estão a DHL, Correos, DPD e o Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS).
Os cibercriminosos utilizam táticas como o 'smishing' (phishing por SMS) para contornar os filtros de spam, enviando mensagens que alegam problemas com encomendas para levar as vítimas a clicar em links perigosos.
As perdas financeiras associadas a estas fraudes têm vindo a aumentar substancialmente. As autoridades têm combatido estas redes criminosas, como demonstra uma operação da Guarda Civil espanhola que resultou na detenção de 50 pessoas.
A organização, com ligações à Nigéria, é suspeita de ter burlado mais de 400 pessoas em Espanha, Itália e França, num valor total de 320 mil euros. Os suspeitos usurpavam identidades para obter cartões SIM e, através de plataformas de compra e venda online, convenciam as vítimas a realizar pagamentos ou a enviar produtos para moradas controladas pela rede.
Em Portugal, a Câmara Municipal de Silves emitiu um alerta sobre uma tentativa de burla a nível local.
Estão a ser enviadas mensagens fraudulentas via WhatsApp, em nome do município e da sua presidente, Luísa Conduto, solicitando o pagamento de taxas falsas.
A autarquia esclareceu que nunca solicita pagamentos por meios informais e apelou aos cidadãos para que denunciem os contactos, bloqueiem o número e não efetuem qualquer pagamento.
Foi também detetado um perfil falso da presidente nas redes sociais.
Além das burlas a consumidores, os próprios serviços são alvo de ataques. Os correios franceses, La Poste, sofreram um ciberataque que afetou o envio de encomendas e serviços bancários em plena época natalícia. Perante este cenário, os especialistas aconselham os consumidores a desconfiar de notificações inesperadas, a verificar sempre os números de rastreio nos sites oficiais das transportadoras e a nunca clicar em links que exijam pagamentos urgentes ou dados pessoais.







