
O que explica a inflexibilidade de Putin?



A tensão entre os Estados Unidos e a Rússia intensificou-se após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter emitido um ultimato a Moscovo para terminar a guerra na Ucrânia, sob ameaça de sanções económicas. Como medida de pressão, Trump ordenou o reposicionamento de dois submarinos nucleares para uma "região apropriada", confirmando posteriormente que estes já se encontravam "onde devem estar". A decisão foi uma resposta a "comentários provocatórios" de Dmitry Medvedev, antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. A movimentação militar foi acompanhada por uma acesa troca de palavras.
Trump, na sua rede social Truth Social, apelidou Medvedev de "ex-presidente falhado" e avisou-o para "ter cuidado com o que diz", considerando que este estava a entrar em "território muito perigoso". Em resposta, Medvedev descreveu as ameaças de Trump como "um caminho para a guerra".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também interveio, advertindo que "toda a gente deve ser muito, muito cautelosa com a retórica nuclear".
No meio da escalada, foram anunciados esforços diplomáticos, com a visita do enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, à Rússia, agendada para antes do fim do prazo do ultimato.
O Kremlin manifestou-se "muito feliz" por receber Witkoff, admitindo um possível encontro com Vladimir Putin.
No entanto, a estratégia de Trump foi criticada internamente. John Bolton, seu antigo conselheiro de Segurança Nacional, considerou a ordem de movimentação dos submarinos "imprudente" e "muito arriscada", afirmando que Trump demonstra não compreender o funcionamento da Marinha norte-americana. Bolton explicou que os submarinos com armas nucleares já se encontram posicionados secretamente para retaliação e que anunciar a sua movimentação é um erro.
Criticou ainda o facto de o presidente responder diretamente a Medvedev, cujo cargo atual não justificaria uma resposta ao mais alto nível.
Artigos
14













Política
Ver mais
Estrangeiros? Livre acusa Governo de submissão às propostas do Chega
O Livre lamentou a posição do Governos nos últimos dias, ainda antes de ser conhecida esta decisão, "de irredutibilidade nesta matéria, em claro atropelo quer do processo legislativo normal quer do Estado de Direito".

IL acusa Governo de incompetência na Lei de Estrangeiros
Mariana Leitão considerou que este diploma "é urgente para o país e podia estar agora aprovada, mas o Governo não teve competência para tal".

Chumbo do TC é uma "oportunidade" para ouvir contributos de especialistas
O PCP considerou hoje que o chumbo da lei dos estrangeiros pelo Tribunal Constitucional confirma "violações de preceitos constitucionais" e o seu regresso ao parlamento é "uma renovada oportunidade para acolher o contributo de especialistas".

Decisão do TC é "vitória da justiça e da humanidade contra a crueldade"
Fabian Figueiredo argumentou que o Governo quis, com esse diploma, implementar uma "lei típica de regimes que não são democráticos", frisando que "em democracia respeita-se o direito à família" e "não se separam crianças dos pais".