Tentativa de Golpe na Guiné-Bissau: Ameaça à Democracia ou Manobra Política na Véspera Eleitoral?



O Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, denunciaram uma tentativa de golpe de Estado, alegadamente frustrada, que teria como objetivo impedir a realização das eleições presidenciais e legislativas agendadas para 23 de novembro. O Presidente Embaló assegurou que "tudo está sob controlo" e que uma investigação está em curso para apurar os factos.
No centro das acusações está o general Daba Na Walna, antigo presidente do Tribunal Superior Militar e chefe da escola militar de Cumeré, que foi detido na noite de quarta-feira por suspeita de envolvimento. Segundo o vice-chefe do Estado-Maior, general Mamadu "Nkrumah" Turé, o general Na Walna teria requisitado armas e viaturas sob o pretexto de serem para formandos, quando na verdade seriam para executar o golpe.
As autoridades militares afirmaram que vários outros oficiais estão em fuga e que quaisquer civis envolvidos também serão detidos.
A notícia, divulgada na véspera do início da campanha eleitoral, foi recebida com "estupefação" por Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e principal opositor do atual Presidente.
Simões Pereira, cujo partido foi afastado das eleições, manifestou desconfiança, sugerindo que o anúncio pode ser uma manobra política.
Recordou que esta é a terceira vez em seis anos que se fala em tentativa de golpe em momentos politicamente sensíveis, e que alegações anteriores serviram de "pretexto" para o Presidente Embaló consolidar o poder, como quando dissolveu o parlamento em dezembro de 2023 ou quando pediu o reforço da sua guarda à CEDEAO. Para o líder do PAIGC, "agitar as águas" neste momento parece uma tentativa de restringir liberdades e a participação de outros na campanha eleitoral. Este episódio ocorre num país com um longo historial de instabilidade política, que desde a sua independência de Portugal já sofreu quatro golpes de Estado e 17 tentativas falhadas.
Artigos
11Mundo
Ver mais
EUA já tinham dito que contam com o apoio do Conselho de Segurança da ONU para um projeto que pretende uma força internacional de estabilização para a Faixa de Gaza, por, pelo menos, dois anos.

Ao longo desta sexta-feira, os chefes de Estado discursarão na plenária principal, seguindo uma ordem previamente estabelecida. O cardeal Pietro Parolin, que chefia a Delegação da Santa Sé deve falar na manhã desta sexta-feira. Leia tudo

Partido de Puigdemont vai vetar todas iniciativas legislativas do Governo no Parlamento.

Alemão de 44 anos condenado a prisão perpétua por assassinar 10 pacientes em tratamento paliativo.




