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APHP "disponível para trabalhar" com sindicatos da hospitalização privada

O Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte acusa o grupo CUF e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada de imporem turnos de 12 horas e de retirarem direitos aos trabalhadores, alegações que a CUF rejeita.
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O Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN) acusa o grupo CUF de impor turnos obrigatórios de 12 horas diárias e consecutivas a trabalhadores como empregadas de limpeza, auxiliares de ação médica e rececionistas. Segundo a dirigente sindical Vânia Cardoso, esta prática, além de ilegal, afeta a vida pessoal, familiar e a saúde dos funcionários.

As acusações, feitas após uma ação de luta no Hospital CUF Porto, incluem também a cessação do pagamento do trabalho ao domingo como suplementar e a redução do pagamento de feriados de 200% para 100%. As críticas do sindicato estendem-se à Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), que terá feito um acordo com a UGT que prevê a retirada de direitos. Entre as perdas apontadas estão o corte no subsídio de turno, na progressão de carreira e no complemento de seguro, bem como a criação de um banco de horas e de um regime de adaptabilidade que permite à entidade patronal impor turnos de 12 horas sem o consentimento do trabalhador. As ações de luta do sindicato decorreram nas últimas semanas em vários hospitais privados no Porto e em Vila Nova de Gaia. Contactada pela Lusa, uma fonte oficial da CUF negou as acusações, afirmando que o Hospital CUF Porto "cumpre escrupulosamente com as regras decorrentes da legislação laboral, assim como do contrato coletivo de trabalho aplicável".

A APHP foi também contactada, mas não emitiu uma resposta.

O STIHTRSN, integrado na CGTP-IN, reivindica a sua legitimidade histórica na negociação do contrato coletivo de trabalho (CCT) do setor desde 1975, questionando a representatividade da UGT.

O sindicato salienta que estas medidas são implementadas num contexto de "excelente situação económica" para o setor da hospitalização privada.

Aponta para um aumento de 11,6% nas receitas em 2024 face a 2023, atingindo um total de 2,5 mil milhões de euros, e um crescimento em consultas (10%), urgências e partos (5%).

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