Confronto Aberto: Sindicato da PSP Marca Protestos Face a Acordo por Cumprir do Governo



A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), após abandonar as negociações com o Governo na passada sexta-feira, anunciou a realização de duas ações de protesto para o mês de dezembro.
A primeira será uma concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro no dia 11, e a segunda consistirá em plenários nos aeroportos nacionais no dia 18, entre as 07:00 e as 11:00.
O presidente da ASPP, Paulo Santos, justifica a decisão com o incumprimento por parte do Governo do acordo assinado em julho de 2024.
O sindicato exige uma "proposta cabal e concreta" que aborde a revisão de vencimentos e suplementos, que não são atualizados desde 2009, bem como a portaria de avaliação. A ASPP condiciona a sua presença na nova reunião agendada pelo Ministério da Administração Interna para 12 de dezembro à receção prévia de uma proposta que satisfaça estes compromissos. A proposta apresentada pelo Governo na última reunião foi considerada insuficiente, contemplando apenas alterações aos serviços remunerados e um aumento de 2,15% no suplemento especial de serviço, que, segundo a ASPP, abrange apenas 18% do efetivo policial e representa um acréscimo de três a sete euros.
Paulo Santos lamentou que o Governo tenha faltado à palavra, depois de o sindicato ter negociado "com responsabilidade e pragmatismo" em 2024. A ASPP avisa que, caso o Governo "nada altere", fará um balanço no início de janeiro de 2026 e avançará para "mais protestos e de maior dimensão".
O dirigente sindical recordou ainda que o último grande investimento na PSP remonta ao Euro 2004 e que estas ações de protesto poderão ser realizadas em conjunto com a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).















