Escalada de Tensão: Sindicatos da PSP Exigem Demissão da Ministra e Ameaçam com Protestos Massivos



O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) pediu, esta quinta-feira, a demissão da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, considerando que esta não possui as 'condições políticas nem institucionais' para continuar no cargo. A decisão surgiu após uma assembleia geral do sindicato, na qual foram rejeitadas por unanimidade todas as propostas apresentadas pelo Ministério da Administração Interna (MAI), descritas como manobras dilatórias e demonstrativas de uma 'ausência de compromisso real'. O sindicato considera a ministra 'fragilizada, sem peso político e claramente incapaz de assegurar a estabilidade e a motivação das forças de segurança'.
No centro da contestação está a exigência de uma 'imediata valorização profissional e salarial', que, segundo o SINAPOL, só pode ser alcançada através de uma revisão urgente do Estatuto Profissional da PSP.
As propostas da tutela, apresentadas numa reunião na semana anterior, foram consideradas insuficientes.
Estas incluíam alterações aos serviços remunerados e o anúncio de um aumento de 2,15% no suplemento especial de serviço para certas unidades, mas apenas a partir de janeiro de 2026. As associações da GNR também se mostraram desiludidas com a reunião e admitiram a possibilidade de protestos. O SINAPOL alerta que, caso o Governo não altere as suas prioridades negociais, poderão ocorrer 'protestos de dimensão idêntica ou mesmo superior aos que ocorreram entre novembro de 2023 e março de 2024'. O sindicato coloca a responsabilidade no primeiro-ministro, que terá de escolher entre manter a ministra, arriscando uma forte contestação, ou substituí-la para evitar a instabilidade.
Apesar do clima de tensão, o SINAPOL reafirma a sua disponibilidade para 'negociações sérias, transparentes e imediatas'.
Outras estruturas sindicais partilham o descontentamento.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), que já tinha abandonado as negociações, anunciou uma concentração junto à residência do primeiro-ministro no dia da greve geral e plenários nos aeroportos a 18 de dezembro.
A ASPP/PSP admite intensificar os protestos em janeiro se o Governo não apresentar alterações. O MAI agendou uma nova reunião com os sindicatos para 12 de dezembro, mas a ASPP/PSP já confirmou que não irá comparecer.

















