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Sindicatos rejeitam responsabilidades no processo de privatização da Azores Airlines

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da SATA rejeitam ser responsabilizados por um eventual fracasso na privatização da Azores Airlines, num clima de tensão com o Governo Regional dos Açores, que admite o cenário de encerramento da companhia.
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) afirmaram publicamente que os trabalhadores não aceitarão ser responsabilizados por um eventual insucesso na privatização da Azores Airlines. A posição surge em resposta a um impasse nas negociações, nomeadamente a uma proposta de corte salarial de 10% para os pilotos, que o SPAC recusa liminarmente sem garantias claras e um mandato expresso dos seus associados.

O SPAC esclarece que não bloqueia a privatização, sendo até favorável ao processo, desde que sejam verificadas as idoneidades do comprador e respeitado o Acordo de Empresa. O sindicato dos pilotos exige propostas formais, acompanhadas de um plano de negócios, e sublinha que apenas manteve "conversas exploratórias" com o consórcio interessado, não tendo negociado qualquer alteração ao acordo em vigor. O sindicato não respondeu a um documento enviado unilateralmente pelo consórcio que visava a redução da massa salarial, por falta de mandato e de requisitos para uma análise séria, e garante que a sua posição não será condicionada por "ameaças de fecho". Por seu lado, o SITAVA vai mais longe e exige demissões no Governo dos Açores e no conselho de administração da SATA. O sindicato acusa o executivo de má gestão, afirmando que a situação do grupo SATA se agravou no último ano e que as medidas de reestruturação "nunca saíram do papel".

O SITAVA critica o secretário das Finanças, Duarte Freitas, por "ameaçar publicamente" os trabalhadores, e outros membros do governo por decisões operacionais consideradas prejudiciais, como o reforço de rotas deficitárias. O Governo Regional, através do secretário Duarte Freitas, revelou que o processo está em fase de finalização e que espera uma proposta de compra até ao final de setembro.

Caso contrário, o executivo admite avançar para uma "negociação particular" ou, como último recurso, o fecho da Azores Airlines em 2026. A privatização de 51% da companhia aérea é uma das condições impostas pela Comissão Europeia para a aprovação de uma ajuda estatal de 453,25 milhões de euros em 2022.

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