menulogo
Notícias Agora
user
Close

SOS Cabedelo alerta para erosão costeira e para a segurança da navegação na Figueira da Foz

O movimento cívico SOS Cabedelo manifestou a sua preocupação com o adiamento da construção de um sistema fixo de transposição de areias na Figueira da Foz, alertando para os riscos de erosão costeira e para a segurança da navegação na barra do porto.
News ImageNews ImageNews Image

O movimento cívico SOS Cabedelo lamentou que a construção do sistema fixo de transposição de areias, conhecido como ‘bypass’, na Figueira da Foz, não avance, apesar de o projeto estar inscrito no Orçamento do Estado deste ano. Miguel Figueira, porta-voz do movimento, alertou que, sem esta infraestrutura, a areia recentemente depositada nas praias a sul será perdida e a segurança da navegação na barra do porto ficará comprometida. A preocupação do grupo surgiu após ter conhecimento de uma carta do gabinete da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, em resposta ao Partido Livre. O documento revela que o Governo planeia submeter uma candidatura ao programa Ação Climática e Sustentabilidade (PACS) — Sustentável 2030 para financiar a elaboração do projeto de execução e os estudos de impacto ambiental e de custo-benefício. Só depois será submetida uma nova candidatura para financiar a empreitada.

Como medida de mitigação a curto prazo, o Governo destaca a "Empreitada de Alimentação Artificial de Praia no Troço Costeiro a Sul da Figueira da Foz (Cova-Gala — Costa de Lavos)", descrita como a maior alimentação artificial de areia alguma vez realizada em Portugal, com cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos de sedimentos.

A longevidade desta intervenção, conhecida como 'big shot', está estimada entre cinco a sete anos.

Para o SOS Cabedelo, este adiamento por parte do Governo de Luís Montenegro é "pouco sério" e representa um grave prejuízo para a região e para o país.

Miguel Figueira argumenta que o objetivo do 'big shot' não é ganhar tempo, mas iniciar um processo de reequilíbrio sedimentar, que deve ser seguido pela implementação do ‘bypass’. O movimento considera inaceitável o argumento dos cinco a sete anos, defendendo que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem a obrigação de implementar soluções de médio e longo prazo.

Face a esta situação, o movimento cívico já apelou ao envolvimento do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, acreditando que o seu peso político pode ser crucial.

O SOS Cabedelo está também a preparar ações de protesto para mobilizar a comunidade contra o que considera ser "uma desonestidade" que coloca a zona numa "situação de perigosidade absolutamente inaceitável".

Artigos

9

Atualidade

Ver mais
categoryVer categoria completa