Controvérsia na Saúde: Ministra Acusada de Racismo Após Morte de Grávida



A controvérsia surgiu após declarações da ministra da Saúde no parlamento, durante a discussão do Orçamento do Estado para 2026.
Na sexta-feira em que a mulher, Umo Cani, morreu, Ana Paula Martins afirmou que a grávida não tinha tido acompanhamento prévio na ULS Amadora-Sintra e que “há mulheres que vêm a Portugal apenas para fazer o parto”.
A associação SOS Racismo considerou estas afirmações “inaceitáveis, falsas” e reveladoras de uma “visão desumanizadora e profundamente racista”, argumentando que culpabilizam a vítima em vez de responsabilizar o Estado por falhas no sistema de saúde. A SOS Racismo enquadra este caso como um reflexo de “desigualdades estruturais” e da “violência obstétrica” que, segundo a associação, atinge de forma desproporcional mulheres racializadas e imigrantes. A organização defende que a morte de Umo Cani não foi um acaso, mas uma consequência do racismo institucional, afirmando que “o racismo mata, até nos hospitais”.
Perante a situação, a associação exige um inquérito independente e a demissão da ministra.
Em sua defesa, Ana Paula Martins explicou que as suas declarações se basearam em informações fornecidas pelo INEM e pela ULS Amadora-Sintra.
Sobre a menção à origem da utente, da Guiné-Bissau, a ministra, que também é natural daquele país, afirmou não ver “nenhum problema” nisso, considerando-a uma “compatriota”.
A governante acrescentou que muitas grávidas que dão à luz fora de hospitais são recém-chegadas, sem acompanhamento ou recursos. Posteriormente, a ministra da Saúde clarificou que apenas partilhou a informação que lhe foi transmitida e anunciou que o presidente da ULS Amadora-Sintra, Carlos Sá, pediu a demissão por ter fornecido dados incompletos sobre o caso.
A bebé, que nasceu de uma cesariana de emergência, acabou também por falecer no sábado de manhã.
Foram abertos inquéritos pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
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