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Dinâmicas do Setor Automóvel: Investimento da Stellantis, Valor de Mercado e Desafios em Portugal

O setor automóvel global atravessa um período de intensa transformação, marcado por investimentos estratégicos massivos e reajustes significativos no valor de mercado das suas principais marcas. Enquanto alguns gigantes reforçam a sua aposta em mercados-chave como os Estados Unidos, outros enfrentam a volatilidade das exportações e a ascensão de novos concorrentes.
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A Stellantis anunciou um investimento histórico de 13 mil milhões de dólares nos Estados Unidos para os próximos quatro anos, o maior nos seus 100 anos de história no país. Este plano, que surge num contexto de penalização devido às tarifas sobre carros importados, visa aumentar a produção anual em 50%, lançar cinco novos veículos e criar mais de 5.000 empregos nas fábricas de Illinois, Ohio, Michigan e Indiana. O investimento abrange o desenvolvimento de novos modelos Jeep, Dodge e uma nova pick-up, além da produção de um novo motor de quatro cilindros, reforçando a aposta da empresa no mercado norte-americano, conforme destacado pelo seu CEO, Antonio Filosa.

Paralelamente a estes movimentos estratégicos, o valor de mercado das marcas automóveis revela mudanças significativas.

De acordo com um relatório da Interbrand, a Toyota mantém-se como a marca automóvel mais valiosa, seguida pela Mercedes-Benz e BMW.

A grande surpresa foi a queda acentuada da Tesla, que viu o seu valor diminuir 35,2%, caindo para a 25.ª posição no ranking geral.

Em sentido inverso, a chinesa BYD entrou pela primeira vez na lista das 100 marcas mais valiosas, e a Xiaomi também marcou presença.

Marcas como Honda e Hyundai subiram no ranking, ultrapassando outras como Audi e Volkswagen.

Em Portugal, o setor de componentes automóveis enfrenta um cenário adverso, com uma queda de 3,3% nas exportações entre janeiro e agosto, e uma descida expressiva de 9,9% em agosto.

A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) atribui esta quebra ao abrandamento económico europeu, à instabilidade geopolítica e a desafios relacionados com os veículos elétricos.

Apesar da Espanha se manter como principal mercado, a Alemanha, segundo destino, registou uma forte quebra.

O setor aguarda com expectativa as medidas do Orçamento do Estado para 2026, como a redução do IRC, para reforçar a sua competitividade internacional.

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