Bolsas europeias navegam com cautela entre a expectativa da Fed e os sinais do BCE



O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI, apresentou volatilidade, abrindo em queda mas recuperando para terreno positivo a meio da sessão, impulsionado por ganhos da REN.
Em sentido contrário, cotadas como o BCP, a Altri e a Galp registaram perdas.
A tendência nas principais praças europeias foi indefinida, com o DAX alemão a subir ligeiramente, enquanto o CAC40 francês e o Ibex35 espanhol negociavam em baixa.
A principal fonte de incerteza para os mercados é a reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que se inicia na terça-feira. A expectativa geral é que o banco central norte-americano anuncie um novo corte na sua taxa de juro de referência, o terceiro consecutivo, numa decisão que será conhecida no dia 10.
Em contraste, a perspetiva do Banco Central Europeu (BCE) aponta para uma direção diferente. Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE, afirmou que a economia da Zona Euro se tem mostrado mais resiliente do que o esperado e que os riscos para o crescimento estão "inclinados para o lado positivo".
Schnabel sinalizou que o próximo movimento nas taxas de juro deverá ser um aumento, embora não num futuro próximo.
Esta posição é reforçada pela ligeira subida da inflação homóloga na Zona Euro para 2,2% em novembro, com a inflação nos serviços a ser apontada como o "maior desafio".
A economista alemã revelou ainda estar pronta para suceder a Christine Lagarde na presidência do BCE em 2027.
No plano empresarial, a Mota-Engil destacou-se pela positiva, com as suas ações a subirem após ser anunciado que a empresa foi escolhida para uma obra de reabilitação ferroviária de mil milhões de dólares na República Democrática do Congo.
Noutros mercados, o preço do petróleo Brent e WTI registava quedas, enquanto o euro valorizava ligeiramente face ao dólar.



















