Aumento dos Custos de Construção Abranda Ligeiramente, Impulsionado pela Mão de Obra

Os custos de construção de habitação nova em Portugal registaram um aumento homólogo de 4,5% em outubro, um valor que, apesar de significativo, representa um ligeiro abrandamento no ritmo de crescimento face ao mês anterior.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) apresentou uma subida de 4,5% em outubro, em termos homólogos. Esta variação representa um abrandamento de 0,1 pontos percentuais em comparação com o valor registado em setembro, indicando uma ligeira desaceleração no crescimento dos custos.

O principal motor deste aumento continua a ser o custo da mão de obra, que cresceu 8,3% em outubro. Apesar de ser um aumento robusto, também este indicador desacelerou face aos 8,6% observados no mês precedente.

Em contrapartida, o preço dos materiais registou uma subida de 1,3%, uma variação idêntica à do mês anterior. Em termos de contribuição para o índice geral, o custo da mão de obra foi responsável por 3,8 pontos percentuais da variação homóloga, enquanto os materiais contribuíram com 0,7 pontos percentuais. Analisando os materiais de forma detalhada, verificaram-se aumentos de preços significativos em vidros e espelhos, com uma subida de cerca de 25%. O betão pronto, os móveis de cozinha e os artigos sanitários também registaram um acréscimo de aproximadamente 5%. Em sentido inverso, verificou-se uma descida nos preços de produtos cerâmicos e produtos pré-fabricados de betão, com ambos a caírem cerca de 5%. Na análise em cadeia, a variação mensal do ICCHN foi de 0,3% em outubro, inferior em 0,4 pontos percentuais à de setembro. Este resultado deveu-se a uma descida de 0,2% no custo dos materiais e a um aumento de 0,8% no custo da mão de obra.