
Subida do mar e calor extremo ameaçam milhões de pessoas na Austrália



A primeira Avaliação Nacional de Riscos Climáticos (NCRA), publicada pelo governo australiano, traça um cenário de impactos severos para o país se a poluição proveniente de carvão, petróleo e gás não for drasticamente reduzida. O documento adverte que as alterações climáticas irão mudar o modo de vida na Austrália de forma não gradual, podendo atingir pontos de não-retorno que provoquem mudanças abruptas. O estudo modela cenários com aumentos de temperatura de 1,5ºC, 2ºC e 3ºC. No pior cenário, as mortes por calor extremo podem quintuplicar, com aumentos de até 440% em Sydney e 420% em Darwin.
A subida do nível do mar ameaça 1,5 milhões de australianos até 2050 e 3 milhões até 2090.
As inundações costeiras poderão colocar 597.000 pessoas em risco direto já em 2030, danificando infraestruturas críticas em grandes cidades e comunidades de baixa altitude.
O impacto económico será igualmente devastador, com perdas de produtividade estimadas em até 423 mil milhões de dólares australianos até 2063 e uma desvalorização imobiliária superior a 600 mil milhões de dólares até 2050. O relatório também prevê um aumento sem precedentes das ondas de calor marítimas, que poderão durar meio ano com um aquecimento de 3ºC.
Embora todos os australianos estejam expostos, os riscos aumentarão de forma mais rápida em Queensland, Tasmânia, Nova Gales do Sul e no Território da Capital Australiana.
As comunidades remotas, já vulneráveis, enfrentarão um agravamento da sua situação.
Na apresentação do relatório, o ministro para as Alterações Climáticas, Chris Bowen, afirmou que "o custo de não agir sempre superará o de agir". A avaliação foi acompanhada por um plano de adaptação para proteger as comunidades mais vulneráveis e antecede a divulgação da meta de redução de emissões do país para 2035.
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