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Ataques terroristas em Cabo Delgado

Pelo menos quatro pessoas foram mortas num recente ataque terrorista no distrito de Balama, em Cabo Delgado, um evento que se insere numa escalada de violência que já provocou milhares de deslocados na região norte de Moçambique.
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Um ataque atribuído a grupos terroristas, ocorrido numa zona de produção agrícola no posto administrativo de Mavala, distrito de Balama, resultou na morte de quatro civis que se encontravam a trabalhar nos seus campos.

Para além das mortes, os agressores incendiaram habitações de construção precária e saquearam celeiros, levando consigo os alimentos dos camponeses. O incidente provocou a fuga da população local para a vila de Balama e para o distrito de Montepuez, por receio de novos ataques. Esta onda de violência tem gerado uma grave crise humanitária. Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), os ataques registados entre 25 de agosto e 11 de setembro nos distritos de Muidumbe, Mocímboa da Praia e Montepuez levaram à deslocação de 5.770 pessoas, o que equivale a 1.471 famílias.

Este número representa um aumento de 1.500 deslocados em apenas quatro dias.

Entre os deslocados contam-se 2.601 crianças, 235 idosos e 131 grávidas. A situação agrava-se, somando-se aos mais de 57 mil deslocados registados em julho no distrito de Chiúre. Em resposta, as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas estão a intensificar as operações de combate nas matas de Macomia, com recurso a bombardeamentos aéreos e perseguição aos grupos rebeldes.

O governo moçambicano, através do porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, lamentou os ataques e afirmou que o Estado continua empenhado em perseguir os terroristas para diminuir o sofrimento da população.

O recrudescimento da violência em Cabo Delgado é uma tendência preocupante.

Um estudo do Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS) revela que, só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques no norte de Moçambique, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.

A maioria destes ataques foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico.

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