
Julgamento por Rapto e Extorsão em Santa Maria da Feira



Dois arguidos, um homem e uma mulher em prisão preventiva, começaram a ser julgados no Tribunal de Santa Maria da Feira pelos crimes de rapto, extorsão, ofensa à integridade física qualificada e abuso de cartão de pagamento. A arguida enfrenta ainda duas acusações adicionais de coação agravada. Na primeira sessão do julgamento, a arguida, de nacionalidade angolana, negou as acusações e apresentou-se como vítima de uma burla. Afirmou ter sido iludida pelo ofendido, que acreditava ser diretor de um banco, e por um suposto sócio, a quem terá pago 40 mil euros para obter um empréstimo de três milhões de euros que nunca se concretizou.
“Eu fui burlada (…) Eu sou uma vítima no meio disto tudo”, declarou em tribunal.
A mulher admitiu ter-se encontrado com o ofendido num café em São João da Madeira para reaver o seu dinheiro, mas negou tê-lo ameaçado com uma faca ou agredido, sustentando que este entregou voluntariamente os cartões bancários e os respetivos códigos.
A versão da acusação do Ministério Público (MP) é distinta.
Segundo o MP, a arguida contactou a vítima em fevereiro de 2023 para obter uma garantia bancária, pagando 20 mil euros por despesas e honorários.
Perante o insucesso do negócio, a arguida e o coarguido, com quem mantinha uma relação amorosa, terão decidido raptar a vítima.
A 8 de janeiro de 2024, terão atraído o intermediário financeiro a um encontro em São João da Madeira, forçando-o a entrar numa viatura sob ameaça de arma branca.
O MP sustenta que a vítima foi agredida pela arguida, que lhe terá apontado uma faca à barriga e exigido 80 mil euros.
Os arguidos terão circulado com o ofendido pelos concelhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Porto, utilizando os seus cartões bancários para realizar movimentos no valor global de mais de 40 mil euros. A vítima foi libertada horas mais tarde, cerca das 02:00, com a condição de entregar mais 200 mil euros no prazo de 15 dias.
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